sábado, 28 de março de 2020


E.E.Profº; Maria Cintra Nunes Rocha       7ºano B
Atividade de História
Prof: Adilson
Nome                                                                                             Data

Atividade: analisar os textos e responder as questões.
  

Idade Média; Idade Moderna > As grandes navegações
As grandes navegações

No final da Idade Média, o mundo que os europeus conheciam resumia-se ao Oriente Médio, ao norte da África e às Índias, nome genérico pelo qual designavam o Extremo Oriente, isto é, leste da Ásia.
Grande parte dos europeus conhecia apenas o Extremo oriente por meio de relatos; como o do viajante veneziano Marco Pólo, que partiu de sua cidade em 1271, acompanhando  seu pai e seu tio em uma viagem àquela região.
A América e a Oceania eram totalmente desconhecidas pelos europeus.

Período de transição entre Idade Média e Idade Moderna.
Mesmo as informações de que os europeus dispunham sobre muitas das regiões conhecidas eram imprecisas e estavam repletas de elementos fantasiosos.
Durante os séculos XV e XVI, exploradores europeus, mas principalmente portugueses e espanhóis, começaram a aventurar-se pelo “mar desconhecido”, isto é, pelo oceano Atlântico e também  pelo Pacífico e Índico dando início à chamada Era das Navegações e Descobrimentos Marítimos.

As primeiras rotas das grandes navegações
Os objetivos
No século XV, os países europeus que quisessem comprar especiarias (pimenta, açafrão, gengibre, canela e outros temperos), tinham que recorrer aos comerciantes de Veneza ou Gênova, que possuíam o monopólio destes produtos. Com acesso aos mercados orientais - Índia era o principal - os burgueses italianos cobravam preços exorbitantes pelas especiarias do oriente. O canal de comunicação e transporte de mercadorias vindas do oriente era o Mar Mediterrâneo, dominado pelos italianos. Encontrar um novo caminho para as Índias era uma tarefa difícil, porém muito desejada. Portugal e Espanha desejavam muito ter acesso direto às fontes orientais, para poderem também lucrar com este interessante comércio.
Um outro fator importante, que estimulou as navegações nesta época, era a necessidade dos europeus de conquistarem novas terras. Eles queriam isso para poder obter matérias-primas, metais preciosos e produtos não encontrados na Europa. Até mesmo a Igreja Católica estava interessada neste empreendimento, pois, significaria novos fiéis.
Os reis também estavam interessados, tanto que financiaram grande parte dos empreendimentos marítimos, pois com o aumento do comércio, poderiam também aumentar a arrecadação de impostos para os seus reinos. Mais dinheiro significaria mais poder para os reis absolutistas da época.
Pioneirismo português
Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido a uma série de condições encontradas neste país ibérico. A grande experiência em navegações, principalmente da pesca de bacalhau, ajudou muito Portugal. As caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial do período, eram desenvolvidas com qualidade superior à de outras nações. Portugal contou com uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da burguesia e também da nobreza, interessadas nos lucros que este negócio poderia gerar. Neste país também houve a preocupação com os estudos náuticos, pois os portugueses chegaram a criar até mesmo um centro de estudos: A Escola de Sagres.
Formação dos Estados Modernos 

O Estado Moderno surgiu a partir da fragmentação do sistema feudal. É marcado por quatro fases: o estado moderno, estado liberal, crise no estado liberal e estado democrático liberal.
Nasceu no século XV, com o desenvolvimento do capitalismo mercantil registrado em Portugal, na França, Inglaterra e Espanha.
Nas quatro nações, o Estado Moderno surge a partir da segunda metade do século XV e, posteriormente, é registrado também na Itália.
O modelo que ficou conhecido como Estado Moderno surge a partir da crise no Feudalismo. No modelo feudal, não havia estados nacionais centralizados. Os senhores feudais é quem controlavam os poderes políticos sobre as terras e exerciam uma força diluída, sem núcleo.
Cada feudo tinha a própria autonomia política. Igualmente poderia estar submisso a um reino maior, como era o caso do Sacro Império Romano Germânico, o soberano inglês e o Papa.
O poder dos senhores feudais era partilhado com o governo das cidades medievais autônomas, que eram conhecidas por comunas.
As comunas tinham autonomia para regulamentar o comércio, estabelecer impostos, garantir a liberdade dos cidadãos e controlar os processos judiciais.
Para completar sua pesquisa, leia também:
Feudalismo
Idade Média
Igreja Medieval
A partir dos séculos XIV e a primeira metade do XV passa a ocorrer a crise do sistema feudal em consequência das revoltas sociais dos camponeses e da evolução do comércio na Europa.
A burguesia passa a exigir elementos que garantam a sua evolução política, econômica e social. Desta maneira, urge a existência de um governo estável e com a centralização dos serviços à população.
Os burgueses também brigavam contra os elevados impostos sobre as mercadorias e a diversidade de moedas.
O Estado Moderno é um fruto de um processo de cerca de três séculos para se estabelecer. A primeira fase dele é o absolutismo monárquico. Por meio da centralização do poder na monarquia, começa a ser desenvolvido o aparelhamento das forças armadas, da estrutura jurídica e a estruturação da cobrança de impostos.
A monarquia permite, ainda, a formação da infraestrutura que garante a máquina pública e cria as condições para o surgimento do corpo burocrático.
Leia também: Estado Absolutista.
Características do Estado Moderno
Um só poder;
Um só exército;
Autoridade soberana do rei para todo o território;
Administração unificada;
Criação do sistema burocrático.
Estado Moderno em Portugal
O primeiro reino a utilizar o modelo de Estado Moderno foi Portugal. Ali, a centralização política ocorreu como consequência de campanhas militares da Guerra da Reconquista.

O conflito, travado contra os muçulmanos, garantiu ainda a independência de Castela no século XII.
A Revolução de Avis garantiu a consolidação do Estado Moderno em Portugal em 1385. Com apoio da burguesia, D. João, o Mestre de Avis, venceu Dona Leonor Teles, que tinha o apoio da nobreza portuguesa e do reino de Castela.
D. João foi coroado rei de Portugal e essa organização está entre os fatores decisivos para a expansão marítima europeia.
Estado Moderno na Espanha, França e Inglaterra
Na Espanha, a formação do Estado Moderno ocorreu como consequência da Guerra da Reconquista e da união dos reinos de Aragão e Castela em 1469. A consolidação ocorreu em 1492, com a expulsão dos mouros da região de Granada.
Já na França, a vitória sobre a Inglaterra na Guerra dos Cem Anos (1337 - 1453) firmou as bases para a consolidação do Estado Moderno.
Quanto à Inglaterra, passou pelo processo após a Guerra das Duas Rosas (1455 - 1485) que garantiu a supremacia do parlamento.
Responda as questões.
1)Observe o trecho de uma canção popular medieval:
“... nunca bebe o vinho de suas parreiras, nem prova migalha do bom alimento. Se ele tiver ganso ou galinha gorda em seu quintal, tudo isso terá de ser do senhor. Muito feliz será aquele que puder ter seu pão preto e em pouco de sua manteiga...”
Que grupo social está representado na canção?
(a) o clero.
(b) a nobreza
(c) a burguesia.
(d) camponeses
 2)Qual das alternativas abaixo apresenta características importantes do feudalismo?
(a) Prevalência do trabalho assalariado; poder centralizado nas mãos do monarca; uso de moedas em todos os feudos.
(b) Economia baseada na produção de mercadorias industrializadas; sistema de eleições para a escolha dos governantes; prevalência do trabalho servil (dos servos).
(c) Poder descentralizado (nas mãos dos senhores feudais); feudo como principal unidade política, administrativa e econômica; prevalência do trabalho servil; agricultura como base da economia.
(d) Economia dinâmica com muito contato comercial entre os feudos; poder nas mãos dos cavaleiros medievais, divisão de terras igualitárias para todos do feudo.
 3)Na sociedade feudal, a posição social dependia do seu nascimento. Sobre a sociedade feudal é correto afirmar que
(a) ela era justa, pois todos possuíam os mesmo direitos e deveres.
(b) ela era dinâmica, pois era muito fácil uma pessoa passar de uma camada para outra superior.
(c) a maior parte da sociedade era composta por nobres (reis, senhores feudais, cavaleiros).
(d) ela era hierarquizada e com pouca mobilidade social. Havia os que trabalhavam (servos camponeses), os que oravam (clero) e os que guerreavam (nobreza).
 4)Sobre o feudalismo, assinale a alternativa correta:
(a) A economia era dinâmica, monetária e voltada para o mercado.
(b) A sociedade era móvel, permitindo a ascensão social.
(c) As principais obrigações devidas pelos trabalhadores eram a corveia e a talha.
(d) A mão-de-obra básica era formada por trabalhadores escravos.
5) "O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor..." (Jacques Bossuet.).
Essas afirmações de Bossuet referem-se ao contexto:
a) do século XII, na França, no qual ocorria uma profunda ruptura entre Igreja e Estado pelo fato de o Papa almejar o exercício do poder monárquico por ser representante de Deus.
b) do século X, na Inglaterra, no qual a Igreja Católica atuava em total acordo com a nobreza feudal.
c) do século XVIII, na Inglaterra, no qual foi desenvolvida a concepção iluminista de governo, como está exposta.
d) do século XVII, na França, no qual se consolidavam as monarquias nacionais.
e) do século XVI, na Espanha, no momento da união dos tronos de Aragão e Castela.
6) Por volta do século XVI, associa-se à formação das monarquias nacionais europeias:
a) a demanda de protecionismo por parte da burguesia mercantil emergente e a circulação de um ideário político absolutista.
b) a afirmação político-econômica da aristocracia feudal e a sustentação ideológica liberal para a centralização do Estado.
c) as navegações e conquistas ultramarinas e o desejo de implantação de uma economia mundial de livre mercado.
d) o crescimento do contingente de mão de obra camponesa e a presença da concepção burguesa de ditadura do proletariado.
e) o surgimento de uma vanguarda cultural religiosa e a forte influência do ceticismo francês defensor do direito divino dos reis.
7)Os Estados Nacionais Português e Espanhol só se consolidaram efetivamente a partir do século XV. A formação desses dois Estados, que se localizam na Península Ibérica, está relacionada diretamente:
a) à aliança com holandeses, que venderam os seus domínios para ambos os Estados.
b) à expulsão dos muçulmanos da Península Ibérica.
c) ao acordo com o califado de Córdoba, que cedeu territórios para a criação desses Estados.
d) ao acordo com o Império Romano, que até então dominava a região.
e) à Reforma Protestante, que mudou completamente os hábitos religiosos da Península Ibérica.
8)Luiz XIV, da França, foi considerado o modelo de monarca absolutista. Sua expressão “O Estado sou Eu” traduz uma premissa básica da formação do Estado Moderno, que é:
a) o rei como aquele que não intervém no Estado.
b) o rei como o primeiro cidadão do Estado.
c) o rei como aquele que apenas simbolicamente tem poder político.
d) a generosidade do monarca para com os seus súditos.
e) o rei como fonte da soberania nacional.
9)  A respeito da expansão marítima europeia não podemos afirmar:
a) Os fatores econômicos que levaram à expansão marítima europeia foram o comércio de especiarias, a busca de novos mercados e a falta de metais preciosos.
b) A compra de especiarias desviou para o Oriente grande quantidade de metais europeus.
c) Os líderes envolvidos na expansão marítima moviam-se pela ambição de enriquecer e pelo desejo de elevação social.
d) O desenvolvimento técnico-científico, no século XV era muito pequeno e impediu a expansão marítimo-comercial.

10) Assinale a alternativa correta a respeito da expansão marítima espanhola:
a) Ao contrário dos portugueses, que buscavam atingir às Índias contornando a costa africana, Colombo planejou atingir o leste, onde se encontravam as índias viajando no sentido leste.
b) A viagem de Colombo à América foi patrocinada pelos reis de Portugal e Inglaterra.
c) Envolvida em luta militar de reconquista, a Espanha se adiantou, em relação a Portugal, seu ingresso na expansão marítima.
d) Em sua primeira viagem, Colombo sabia que tinha descoberto um novo continente, a América. Tanto que realizou outras três viagens para tomar posse da nova terra.
11) Leia o poema de Fernando Pessoa, sobre a conquista dos mares no início da era moderna.
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzamos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram sem casar
Para que fosses nosso ó mar!
Valeu a pena?
Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem, quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu.
Mas nele é que espelhou o céu.
De acordo com esse poema, a expansão marítima está relacionada à:
a) aliança com as cidades italianas.
b) busca de uma rota comercial para as Índias.
c) conquista de Portugal pelos mouros.
d) descentralização do governo de Portugal
12)Qual era o interesse dos navegadores europeus em chegarem até às Índias?
13) O que eram especiarias e por que elas eram tão valorizadas naquela época?
14)Quais os dois países que mais se destacaram no período das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos dos séculos XV e XVI?
a)  Inglaterra e França
b) Holanda e Itália
c) Portugal e Espanha
d)  Alemanha e Noruega
15) Quais eram os perigos reais e imaginários encontrados pelos navegadores naquela época?

16) Com o auxílio de quais instrumentos, os navegadores europeus contavam para as suas navegações?

17) O que possibilitou que Portugal fosse o primeiro país a realizar as grandes navegações?

18) Apesar de ter começado as navegações um pouco depois, os espanhóis foram os primeiros a encontrar um novo continente. Elabore um texto de 10 linhas sobre esta afirmativa.

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