segunda-feira, 22 de junho de 2020

Roteiro de Estudos_Língua Portuguesa_2ª série A_ Professora Ana Luísa


ROTEIRO DE ESTUDO – Atividade 2


Escola Estadual Professora Maria Cintra Nunes Rocha
Professora: Ana Luísa Gonçalves                                Disciplina: Língua Portuguesa      
Ano/Série: 2ª série A

Tema da aula: Contexto sociocultural – na produção de um texto

Objetivos: conhecer e identificar os elementos básicos e as marcas de escrita durante a leitura de uma comunicação visando sua compreensão.

Habilidades:

- Identificar em manifestações culturais, individuais e/ou coletivas, elementos estéticos, históricos e sociais.

Metodologia- passo a passo para desenvolver o tema e realizar as atividades:

Assista a vídeo aula do Centro de Mídias de São Paulo, acessando o link abaixo.


2º Mapa mental – Contexto Histórico, Cultural e social. Faça a análise e em seguida, copie as características no caderno.
Fonte: site de imagens gratuitas - Pinterest, último acesso: 22/06/2020.
3º Para saber mais...
Obra: Crônica de D. João I

A Crônica de D. João I foi escrita por Fernão Lopes, por volta de 1450, e constitui, após as crônicas de D. Pedro e de D. Fernando, a terceira e mais perfeita das três grandes crônicas compostas pelo primeiro cronista régio.

Esta crônica, impressa pela primeira vez em Lisboa, em 1644, foi deixada incompleta por Fernão Lopes, sendo de sua autoria a primeira (o interregno entre a morte de D. Fernando e a eleição de D. João I) e a segunda parte (o reinado de D. João I até 1411), não se sabendo se terá deixado manuscritos para a terceira parte, redigida pelo seu sucessor, Gomes Eanes de Zurara, conhecida como Crônica da Tomada de Ceuta.
Fonte: site:infopedia.pt, último acesso em 22/06/2020.
Autor:  Fernão Lopes

Fernão Lopes foi um escritor português responsável pelo início do movimento humanista em Portugal. Ele é considerado o “pai da historiografia portuguesa” e uma das principais figuras da literatura medieval.

Características

Com um estilo literário peculiar, Fernão Lopes foi um marco na literatura medieval de sua época. Isso porque acabou deixando de lado alguns protagonismos, trazendo à tona características mais populares.
Através de seus textos, torna-se fácil identificar essa característica que é ressaltada por meio de uma linguagem mais coloquial. Foi, dessa maneira, que Fernão Lopes conquistou muitos admiradores em seu tempo.
O escritor português ficou muito conhecido por suas crônicas históricas. Ainda que a prosa historiográfica tenha surgido anteriormente, no movimento do trovadorismo, ela atingiu seu apogeu no Humanismo com a figura de Fernão Lopes.
A principal caraterística desse tipo de obra é o teor histórico que ela carrega, uma vez que relata fatos reais.
Fonte: site: todamateria.com.br/fernao-lopes, último acesso em 22/06/2020.

Fragmento da obra Crônica de D. João I (capítulo na íntegra)

VI - A Revolução Alastra

47. Como o Mestre falou com os do seu Conselho sobre a sua ficada ou partida do Reino.

Tornando a falar dos feitos do Mestre, de que cessámos para levar a Rainha a Santarém e trazer NunÁlvares ao seu serviço, assim foi que nesta sazão em que NunÁlvares veio para ele, era o Mestre posto em grande cuidado e desvairados pensamentos. Porque alguns do seu conselho lhe diziam que não aguardasse elRei de Castela com o seu grão poder no reino, mas que se fosse para Inglaterra, espertando  [1] muitas razões por que o devia de fazer  e assinando [2] certos proveitos e seguranças que disso se seguiam, dizendo, entre as outras coisas, que pelo azo de tal partida ele poderia ali haver tanta ajuda de gentes que, depois, poderia tornar ao reino e o cobrar com muita sua honra, sem perda das gentes e dano da terra. Outros eram de todo contra esta opinião, desfazendo os ditos de tais com outras contrárias razões, assim como NunÁlvares, Rui Pereira, Álvoro Vasques de Góis, o doutor João das Regras, Álvoro Pais e o doutor Martim Afonso, dizendo que a partida do Mestre não era boa, nem em serviço de Deus nem seu, porque indo-se ele para fora da terra ficava o reino desamparado e sem defensor, e então cobraria elRei de Castela a cidade e os outros lugares que se lhe rebelavam, e dá-los-ia a tais pessoas e afortalezaria de tal guisa que não se poderiam depois cobrar senão com grande afã e muito espargimento de sangue, e que por isso lhe pediam, por mercê, que assossegasse no reino e não se partisse dele, que Deus, que para isto o chamara e escolhera, encaminharia seus feitos com grande acrescentamento da sua honra e estado.

O Mestre ouvia as razões de uns e dos outros, e se bem que aqueles que o aconselhavam a que se partisse do reino assinassem certas e notáveis razões por que o devia de fazer, o seu grande coração, desejador de cavaleiros os feitos, o fazia inclinar a todavia ficar nele e pôr-se a qualquer ventura pela defensão da terra. Mas desta tenção o turvavam muito os que lhe aconselhavam o contrário, em guisa que o faziam duvidar. E um dia, depois de comer, o Mestre mandou chamar os do seu conselho, e NunÁlvares com eles, e como todos foram juntos, o Mestre propôs ante eles, dizendo em esta guisa, Amigos, vós vedes bem o grande perigo em que este reino está, e como, partindo-me eu dele, segundo alguns de vós outros dizem, ele seria de todo perdido e sujeito a elRei de Castela, de guisa que tais aí há que dizem que melhor era pela defensão da terra morrer honradamente do que cair em servidão dos seus inimigos. E de mim vos digo que eu tal tenção tenho, e estou disposto a ficar nela e a não me partir por nenhuma maneira, se o vós outros assim acordardes.

Os do conselho que eram deste bando disseram que o Mestre dizia mui bem, e foram mui ledos com as suas razões, pedindo-lhe por mercê que assim o fizesse e não curasse doutro conselho, e que eles e todos os outros o serviriam bem e lealmente, e que esperavam, no poderoso Deus, que ele traria os seus feitos a tão bom fim que seria muito com sua honra e de todo o reino.

E depois de grandes razoados que sobre isto houveram falado, foram todos de acordo que o Mestre ficasse no reino e não se partisse dele, e começaram a falar noutras coisas e na tomada do castelo.
Fonte: site; oespaçodahistoria.com, último acesso: 22/06/2020.

4º Agora, faça a leitura novamente deste trecho da obra humanista de Fernão Lopes e responda, em seu caderno, a questão abaixo:

Quais são as características da Era Medieval encontradas neste texto? Comprove a característica utilizando citações do texto.

Lembrando...

1º Para responder a atividade acima, reveja a vídeo aula do Centro de Mídias de São Paulo.

2º Quando extrair a citação do texto é necessário fazer a cópia utilizando aspas.

Recursos:

- Vídeo aula, Centro de Mídias SP.;
- Sites literários.

Forma de comunicação:

- Blog Escola Estadual Professora Maria Cintra;
- Grupo de Whatsapp da Sala;
- Google “Classroom” – Plataforma Centro de Mídias de São Paulo.

Avaliação:

Acompanhamento da realização das atividades em plantão de dúvidas e atendimento individual.

Resultados e encaminhamentos:

Apresentação das atividades pelos alunos, utilizando a Plataforma “Google Classroom”; Whastsapp, E-mail Institucional.

Data de Devolução: 29/06/2020

Nenhum comentário:

Postar um comentário