terça-feira, 14 de julho de 2020

HISTÓRIA                 Prof.: Adilson                                                             Data:14/07/2020
Nome do aluno                                                                 nº....     Série 2º ano A    Correspondente a 2 aulas
Objetivo da aula 
Apresentar o processo de exploração do território e as formas de administração colonial, nas terras em que hoje é o Brasil, pela Coroa Portuguesa, entre os séculos XVI e XVIII
Habilidade: Estabelecer relações entre as formas de colonização portuguesa, espanhola e inglesa, identificando suas semelhanças e diferenças Colonização do Brasil
Procedimento: Ler e analisar o texto, assistir a vídeo aula do Centro de Mídias https://www.youtube.com/watch?v=NBlERntfIpA, e responder as questões.
Texto: Colonização e povoamento do Brasil

             A colonização portuguesa no Brasil se efetivou a partir da exploração, povoamento, extermínio e conquista dos povos indígenas (povoadores) e das novas terras.
         A colonização portuguesa no Brasil teve como principais características: civilizar, exterminar,
explorar, povoar, conquistar e dominar. Sabemos que os termos civilizarem, explorar, exterminar,
conquistar e dominar estão diretamente ligados às relações de poder de uma determinada civilização
sobre outra, ou seja, os portugueses submetendo ao domínio e conquista os indígenas. Já os termos
explorar, povoar remete-se à exploração e povoamento do novo território (América).
         A partir de então, já sabemos de uma coisa, que o Brasil não foi descoberto pelos portugueses, pois
afirmando isto, negligenciaremos a história dos indígenas (povoadores) que viviam há muito tempo neste
território antes da chegada dos europeus. Portanto, o processo de colonização portuguesa no Brasil teve
um caráter semelhante a outras colonizações europeias, como, por exemplo, a espanhola: a conquista e
o extermínio dos indígenas. Sendo assim, ressaltamos que o Brasil foi conquistado e não descoberto. 
          A Coroa portuguesa, quando empreendeu o financiamento das navegações marítimas portuguesas
no século XV, tinha como principal objetivo a expansão comercial e a busca de produtos para comercializar
na Europa (obtenção do lucro), mas não podemos negligenciar outros motivos não menos importantes
como a expansão do cristianismo (Catolicismo), o caráter aventureiro das navegações, a tentativa de
superar os perigos do mar (perigos reais e imaginários) e a expansão territorial portuguesa (territórios
além-mar).
No ano de 1500, os primeiros portugueses chegaram ao chamado “Novo Mundo” (América), e com eles
o navegador Pedro Álvares Cabral desembarcou no litoral do novo território. Logo, os primeiros europeus
tomaram posse das terras e tiveram os primeiros contatos com os indígenas denominados pelos
portugueses de “selvagens”. Alguns historiadores chamaram o primeiro contato entre portugueses e
indígenas de “encontro de culturas”, mas percebemos com o início do processo de colonização
portuguesa um “desencontro de culturas”, começando então o extermínio dos indígenas tanto por meio
dos conflitos entre os portugueses quanto pelas doenças trazidas pelos europeus, como a gripe e a sífilis.
Entre 1500 a 1530, os portugueses efetivaram poucos empreendimentos no novo território conquistado,
algumas expedições chegaram, como a de 1501, chefiada por Gaspar de Lemos e a expedição de Gonçalo
Coelho de 1503, as principais realizações dessas expedições foram: nomear algumas localidades no litoral,
confirmar a existência do pau-brasil e construir algumas feitorias.
Em 1516, Dom Manuel I, rei de Portugal, enviou navios ao novo território para efetivar o povoamento e
a exploração, instalaram-se em Porto Seguro, mas rapidamente foram expulsos pelos indígenas. Até o
ano de 1530, a ocupação portuguesa ainda era bastante tímida, somente no ano de 1531, o monarca
português Dom João III enviou Martin Afonso de Souza ao Brasil nomeado capitão-mor da esquadra e das
terras coloniais, visando efetivar a exploração mineral e vegetal da região e a distribuição das sesmarias
(lotes de terras).
No litoral do atual estado de São Paulo, Martin Afonso de Souza fundou no ano de 1532 os primeiros
povoados do Brasil, as Vilas de São Vicente e Piratininga (atual cidade de São Paulo). No litoral paulista, o
capitão-mor logo desenvolveu o plantio da cana-de-açúcar; os portugueses tiveram o contato com a
cultura da cana-de-açúcar no período das cruzadas na Idade Média. 
As primeiras experiências portuguesas de plantio e cultivo da cana-de-açúcar e o processamento do
açúcar nos engenhos aconteceram primeiramente na Ilha da Madeira (situada no Oceano Atlântico, a 978
km a sudoeste de Lisboa, próximo ao litoral africano). Em razão da grande procura e do alto valor agregado
a este produto na Europa, os portugueses levaram a cultura da cana-de-açúcar para o Brasil (em virtude
da grande quantidade de terras, da fácil adaptação ao clima brasileiro e das novas técnicas de cultivo),
desenvolvendo os primeiros engenhos no litoral paulista e no litoral do nordeste (atual estado de
Pernambuco), a produção do açúcar se tornou um negócio rentável.
Para desenvolver a produção do açúcar, os portugueses utilizaram nos engenhos a mão de obra escrava,
os primeiros a serem escravizados foram os indígenas, posteriormente foi utilizada a mão de obra escrava
africana, o tráfico negreiro neste período se tornou um atrativo empreendimento juntamente com os
engenhos de açúcar.
Dos primeiros contatos aos engenhos de açúcar

Dos primeiros contatos aos engenhos de açúcar
O Governo-Geral foi criado por ordem do rei português D. João III em 1548. No ano seguinte, nomeou-se
na América Portuguesa o primeiro governador-geral: Tomé de Sousa. O objetivo do Governo-Geral era
promover a centralização administrativa da Colônia como forma de torná-la mais lucrativa.
Os três primeiros governadores-gerais foram Tomé de Sousa, Duarte da Costa e Mem de Sá, os quais
governaram o território entre 1549 e 1572. Com Tomé de Sousa, vieram os primeiros jesuítas para o Brasil,
responsáveis pela catequização e pacificação dos indígenas. Um dos grandes feitos desse período foi a
construção de Salvador, e um dos desafios foi a expulsão dos franceses que estavam estabelecidos na
região da Baía da Guanabara, atual estado do Rio de Janeiro.
Após o governo de Mem de Sá, a América Portuguesa foi dividida em dois governos-gerais: um com capital
em Salvador e outro com capital na cidade do Rio de Janeiro.
Quando foi implantado o Governo-Geral?
O Governo-Geral foi um modelo administrativo que a Coroa de Portugal implantou na América Portuguesa
em 1548. Esse governo foi estabelecido a fim de substituir e complementar o sistema de Capitanias
Hereditárias, que não havia dado o retorno esperado.
Considerando todos esses elementos, a Coroa portuguesa identificou a necessidade de alterar a
administração da América Portuguesa para transformá-la, de fato, em uma colônia lucrativa. Na década
de 1550, as rendas brasileiras correspondiam a apenas 2,5% da arrecadação portuguesa, dado que
ressalta a pouca relevância do Brasil para o orçamento português2.
Os portugueses decidiram, então, centralizar a administração da Colônia. Para isso, criaram o cargo
de governador-geral, o qual tinha poderes sobre todo o Brasil. As funções dos governadores-gerais
estavam detalhadas em um documento português chamado Regimento.
Apesar de o governador-geral ter assumido uma série de obrigações que eram dos capitães-donatários, a
administração da Colônia não era realizada somente por ele. Entre os outros cargos administrativos
criados no Governo-Geral, podemos destacar:
• Ouvidor-mor: responsável pelas questões jurídicas e pela aplicação da lei portuguesa na Colônia. • Provedor-mor: responsável pela arrecadação dos impostos e pelo controle do orçamento da Colônia. • Capitão-mor: responsável pelo desenvolvimento das defesas da Colônia, seja contra ataques
estrangeiros, seja contra indígenas.
Primeiro Governo-Geral
O primeiro Governo-Geral instalado na América Portuguesa foi ocupado por Tomé de Sousa, um fidalgo
português que chegou à região da Bahia em 1549, acompanhado por, aproximadamente, mil pessoas. A
primeira tarefa ordenada por Tomé de Sousa em seu cargo foi a construção de Salvador em um local
estratégico, escolhido pelo próprio governador-geral.
O passo inicial para a construção de Salvador foi a retomada da capitania da Baía de Todos os Santos, que
havia fracassado sob a administração do donatário Francisco Pereira Coutinho. Em seguida, Tomé de
Sousa tratou de estabelecer relações pacíficas com os indígenas da região a fim de viabilizar a construção
da cidade, que seria a capital do Brasil. Outra medida tomada pelo governador-geral foi impor a
escravização somente a indígenas que eram hostis aos portugueses.
Entre as mil pessoas que vieram com Tomé de Sousa para o Brasil, estavam os primeiros jesuítas que se
estabeleceram aqui. Ao todo, vieram para a Colônia seis jesuítas, liderados por Manuel da Nóbrega, com
o objetivo de catequizar os indígenas e melhorar os costumes da América Portuguesa. A atuação dos
jesuítas no Brasil seguia a seguinte estratégia:
A ordem […] era lograr a conversão com a brandura e bons exemplos
de comportamento. A ordem era, também, “adaptar” o catolicismo à
cultura local – adequando termos e conceitos à realidade do lugar, a
começar pela gramática tupi escrita por José de Anchieta em 1556 e
logo convertida em leitura obrigatória3.
Como parte de sua missão na América Portuguesa, os jesuítas começaram a criar pequenas aldeias, que
tinham como objetivo abrigar a população nativa e adequá-la a um estilo de vida europeizado, o que
incluía o ensino do catolicismo.
Além da construção de Salvador, cidade que foi capital do Brasil até o século XVIII, o governo de Tomé de
Sousa também ficou marcado pela criação do primeiro bispado do Brasil, pelo estabelecimento da
pecuária na Colônia e pela consolidação da produção de açúcar por meio dos engenhos.
Outros governadores-gerais
Após Tomé de Sousa, o Brasil foi governado por Duarte da Costa (1553-1558) e por Mem de Sá (1558
1572). Durante o governo de Duarte da Costa, os indígenas passaram a ser tratados de forma hostil, e um
grande número deles foi escravizado. Essa relação com os indígenas quase colocou a perder o trabalho
desenvolvido por Tomé de Sousa. Por isso, no governo de Mem de Sá, foi adotada novamente a política
de escravização somente dos indígenas hostis.
O governo de Mem de Sá destacou-se ainda por ter expulsado os franceses que estavam estabelecidos na
Baía da Guanabara desde 1555. Nessa região, os invasores franceses, sob a liderança de Nicolas Durand
de Villegagnon, haviam fundado a França Antártica. Após a expulsão, os portugueses fundaram a cidade
do Rio de Janeiro no local.
Em 1572, após da morte de Mem de Sá, a Coroa portuguesa, ainda percebendo inúmeras falhas na
administração da Colônia, resolveu dividir a América Portuguesa em dois Governos-Gerais: o Governo do
Norte e o Governo do Sul, que tinham como capitais Salvador e Rio de Janeiro, respectivamente4. Colonização Francesa. Em 1555, a primeira tentativa de ocupação colonial francesa atingiu uma pequena parcela do litoral fluminense. Nessa região criaram a chamada França Antártica, onde vários calvinistas franceses estabeleceram relações amistosas com a população nativa e empreendera atividades de extração madeireira. Ao mesmo tempo, tinham interesse em fundar uma base naval fortemente armada que garantiria a dominação francesa na região e atacaria as preciosas embarcações mercantis lusitanas.
No entanto, a superioridade das esquadras de Portugal, lideradas por Mem de Sá, conseguiu forçar a
expulsão dos franceses daquela região. No século seguinte, os franceses ainda tentaram fundar uma nova
colônia em terras brasileiras ocupando terras na região do Maranhão. Mais uma vez, a represália dos
portugueses obrigou os franceses a abandonar os territórios pretendidos. Ainda no século XVII, os
franceses conseguiram firmar suas primeiras colônias no continente americano.
Na América Latina, os franceses ocuparam regiões das Antilhas e das Guianas empreendendo um tipo de
exploração voltado à produção açucareira e a utilização de mão-de-obra escrava. Na região norte, os
franceses se fixaram na região do Quebec, Louisiana, Golfo do México e Mississipi. Nessas regiões,
diversos colonizadores franceses viviam da comercialização de caças, peles de animais, pesca e outras
atividades menores.
Com a deflagração da Guerra dos Sete Anos (1756 - 1763) o projeto colonial francês sofreu um duro golpe
ao ter que ceder parte de seus domínios para a Inglaterra. Com o fim do conflito, estabelecido com a
assinatura do Tratado de Paris (1763), a França reconheceu sua derrota entregando uma parte das
Antilhas Francesas, a região leste do Rio Mississipi, à colônia de Quebec e a região da Louisiana, entregue
a um breve domínio dos espanhóis.
A colonização francesa: processo tardio em que regiões da América do Norte e da América Central foram dominadas

A colonização francesa: processo tardio em que regiões da América do Norte e da América Central
foram dominadas 
Atividade : Responda as questões

Questão 1
Explique que contestação era feita por Francisco I, rei da França, quando perguntou sobre o
“testamento de Adão” para o papa Alexandre VI.
Questão 2
Identifique as motivações que levaram os franceses a invadirem o litoral brasileiro durante o período
Pré-Colonial, entre 1500 e 1530.
 Governo-Geral: resumo, implantação, primeiro Governo-Geral
A cidade de Salvador foi construída em 1549, durante o governo de Tomé de Sousa, sendo capital do
Brasil até o século XVIII.


3) (Unirio-RJ) A colonização brasileira no século XVI foi organizada sob duas formas administrativas,
Capitanias Hereditárias e Governo-Geral. Assinale a afirmativa que expressa corretamente uma
característica desse período.
a) As capitanias, mesmo havendo um processo de exploração econômica em algumas delas, garantiram
a presença portuguesa na América, apesar das dificuldades financeiras da Coroa.
b) As capitanias representavam a transposição para as áreas coloniais das estruturas feudais e
aristocráticas europeias.
c) As capitanias, sendo empreendimentos privados, favoreceram a transferência de colonos europeus,
assegurando a mão de obra necessária à lavoura.
d) O governo-geral permitiu a direção da Coroa na produção do açúcar, o que assegurou o rápido
povoamento do território.
e) O governo-geral extinguiu as donatárias, interrompendo o fluxo de capitais privados para a economia
do açúcar.
4) (UEL-PR) A centralização político-administrativa do Brasil colônia foi concretizada com a
a) criação do Estado do Brasil.
b) instituição do governo-geral.
c) transferência da capital para o Rio de Janeiro.
d) instalação do sistema das capitanias hereditárias.
e) política de descaso do governo português pela atuação predatória dos bandeirantes.

5) Atividade complementar
O governo geral fundou alguma das principais cidades brasileiras. Uma delas foi a Vila de São Paulo de Piratininga, atual São Paulo- SP, em 1554, na gestão de Duarte da Costa. A vila foi erguida pelos jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nobrega, e pelo líder indígena Tibiriçá
O marco que deu origem á vida foi a construção de um colégio, o Colégio de São Paulo
No seu caderno, elabore um breve texto sobre a fundação das cidades de Salvador e Rio de Janeiro, conforme o roteiro abaixo:
• Nome original;  • Governador Geral • Ano de fundação • Primeira construção 

Bons Estudos

Enviar via: Google Classroom, blog da escola, WhatsApp 992005878 ou pelo E mail adilsonnoronha@bol.com.br

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