sexta-feira, 21 de agosto de 2020

História- Brasil Colônia

 Nome do aluno                                                                              nº....      série 7ºano ...  Correspondente a 4 aulas   

    HISTÓRIA                 prof.: Adilson   

 

Objetivos da aula  

Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e mecanismos de transformação das estruturas sociais, políticas e econômicas ao longo do tempo.  

Habilidades do currículo paulista:  

(EF07HI18) - Comparar a dinâmica econômica nas colônias portuguesa e espanhola na América  

Procedimento: ler e analisar o texto" Capitanias Hereditárias", assistir a vídeo aula do Centro de Mídias       https://www.youtube.com/watch?v=4fU_dwV0P5g como complemento e responder as questões  

Entregar via whatsapp; 992005878; ou pelo EMAIL adilsonmoreira@prof.educacao.sp.gov.br ou pelo Google Classroom 

Texto: Brasil Colônia 

No período da História do Brasil Colonial, principalmente no século XVII, o açúcar era o principal 

produto exportado por Portugal para o mercado consumidor europeu. Os portugueses 

obtiveram lucros fantásticos com esse comércio. Os engenhos, unidades de produção de açúcar, 

utilizavam mão de obra escrava africana e estavam instalados, principalmente, na região 

Nordeste do Brasil (áreas próximas ao litoral). Durante o período de transição da fase pré

colonial para as fases das capitanias hereditárias e do Governo-geral, aconteceu uma importante 

alteração nas relações de trabalho do Brasil colonial: impôs-se o uso do trabalho escravo. O uso 

da mão de obra escrava, a princípio, começou com a exploração dos indígenas, no entanto, 

progressivamente, passou-se a utilização do africano. Escravização do índio 

Durante a fase inicial da colonização brasileira, a escravidão concentrava-se na mão de obra do 

indígena. A escravização do indígena aconteceu, principalmente, na extração do pau-brasil. 

Desde o momento em que a produção do açúcar, a partir do cultivo da cana-de-açúcar, impôs

se como principal produto econômico da colônia, ocorreu a transição para a utilização da mão 

de obra do escravo africano. 

Os historiadores citam alguns fatores para explicar a transição de uso do escravo indígena para 

o africano: mortalidade e fuga dos indígenas e imposição comercial da metrópole pelo tráfico 

negreiro. Outras razões, como a falta de adaptação do nativo para o trabalho regular, são 

atualmente contestadas pelos historiadores. 

Primeiramente, o contato dos indígenas com os europeus levou a uma redução demográfica 

gigantesca por causa de doenças como varíola e gripe, que dizimavam as populações nativas. 

Isso acontecia pela falta de defesa biológica dos nativos a essas doenças. O historiador Boris 

Fausto indica que, em 1562 e 1563, por exemplo, surtos epidêmicos foram responsáveis pela morte de cerca de 60 mil indígenas1. 

Além disso, considera-se que a redução demográfica da população indígena aconteceu a partir 

das guerras travadas contra os portugueses. Por fim, muitos indígenas fugiram para o interior 

do território brasileiro para evitar o contato com os portugueses. Outras questões levantadas 

por estudos tradicionais, como a resistência indígena ao trabalho contínuo e sedentário, estão 

sendo criticadas por estudos atuais. 

Aliada a essa questão, os historiadores sugerem que, além da redução demográfica da 

população indígena, a demanda da metrópole pela imposição do tráfico negreiro foi 

fundamental para que a mão de obra do escravo africano fosse disseminada no Brasil. Isso 

ocorreu porque o tráfico negreiro era uma atividade extremamente lucrativa para a metrópole. Escravização africana 

A escravização africana no Brasil passou a sofrer incentivos da Coroa após 1570 e, assim, 

segundo o historiador Thomas E. Skidmore, a partir de 1580, chegavam ao nordeste brasileiro pelo menos dois mil escravos africanos por ano2. Os escravos eram trazidos ao Brasil em 

embarcações conhecidas como navios negreiros e em condições extremamente precárias. Era 

comum que metade dos cativos trazidos morresse durante a viagem em razão dessas más 

condições. 

 

Esses escravos originavam-se de diversas regiões da África, mas os historiadores sugerem que, 

em grande parte, eles pertenciam ao grupo étnico dos sudaneses e dos bantos. A respeito disso, 

o historiador Boris Fausto afirma que: 

No século XVI, a Guiné (Bissau e Cacheu) e a Costa do Marfim, ou seja, 

quatro portos ao longo do litoral do Daomé, forneceram o maior número 

de escravos. Do século XVII em diante, as regiões mais ao sul da costa 

africana – Congo e Angola – tornaram-se os centros exportadores mais 

importantes, a partir dos portos de Luanda, Benguela e Cabinda. Os 

angolanos foram trazidos em maior número no século XVIII, 

correspondendo, ao que parece, a 70% da massa de escravos trazidos  

 

 


 

para o Brasil naquele século3. 

Os historiadores estimam que, ao longo da história da escravidão africana no Brasil colonial, 

foram trazidos cerca de quatro milhões de africanos. Os escravos eram utilizados nos mais 

diversos tipos de trabalho, com maior destaque para a sua utilização nos engenhos produtores 

de açúcar e nos centros de mineração a partir do século XVIII. 

O regime de escravidão no Brasil impunha ao africano (e ao indígena também) um regime de 

trabalho exaustivo e desumano. Além disso, os escravos eram mantidos em condições 

precárias, muitas vezes mal alimentados e vítimas dos mais variados tipos de violência. Isso 

motivou focos de resistência entre os escravos por meio de sabotagem e, principalmente, fuga. 

A escravização dos africanos moldou profundamente a sociedade brasileira. Culturalmente, a 

presença africana influenciou a cultura brasileira em diversos aspectos: música, culinária, idioma 

etc. Além disso, impôs um forte preconceito racial, que reverbera ainda no século XXI e que 

necessita de medidas para atenuar os contrastes sociais existentes. 

Moradias dos escravos 

 

 

A senzala foi uma forma de moradia de populações escravizadas, vindas do continente africano num movimento conhecido por Diáspora Africana, ou a vinda compulsória de sujeitos para o trabalho no sistema escravista na colônia portuguesa. 

A forma de moradia das populações escravizadas, conhecidas por senzalas, estavam diretamente relacionadas à casa-grande. Enquanto os senhores e suas famílias viviam sob a casa-grande, escravizados serviam a eles e moravam em habitações com poucos recursos e conforto. Essa relação traz o aspecto da intimidade para as relações entre senhores e escravizados e são essas relações que Gilberto Freyre utiliza para pensar a formação da sociedade brasileira patriarcal em seu livro Casa Grande e Senzala, datado de 1933. O intelectual destacava que tanto a casa-grande como a senzala representavam um sistema político, econômico, social e sexual. As relações que se davam entre essas duas esferas serviam para equacionar as diferenças gritantes existentes na sociedade. 


 Habitação de negros escravizados, a Senzala. Obra de Johann Moritz Rugendas. 

A experiência das senzalas existe desde o início da experiência da escravidão na América Portuguesa. Desta forma a moradia em questão esteve presente do século XVI ao XIX, ou seja, dos engenhos de açúcar, das minas de ouro às fazendas do cultivo de café. Elas foram a principal forma de moradia dos períodos colonial e imperial. 

A senzala faz, portanto, parte da vida cotidiana de sujeitos escravizados, envolvendo formas de organização social, resistência e convívio social. A palavra tem origem africana e significa morada, entretanto a forma de moradia era estabelecida pelos senhores, que cuidadosamente preveniam fugas colocando grades nas poucas janelas existentes e instalando à frente da senzala o pelourinho – tronco destinado aos castigos físicos da população escravizada. Essa estratégia era utilizada a fim de utilizar o castigo como forma exemplar aos demais e inseria as sevícias na vida cotidiana e na morada desses homens e mulheres. 

A divisão interna da senzala é bastante diferente de como são organizadas as moradias atuais. A divisão interna que prevê espaços individuais (quartos, banheiros) não existia, nem mesmo a divisão por unidades familiares, tendo em vista que a própria noção de família se alterou com o tempo. Não havia divisão de cômodos e dormiam todos juntos, num mesmo espaço, apenas com separações entre homens e mulheres e crianças. 

Para dormir o chão era o destino. Diretamente na terra ou sobre palhas eram as formas que os escravos encontravam para se acomodar para a noite de sono. 

A vida na Casa-grande e nas senzalas traz aspectos da formação social brasileira e está presente nos debates atuais. A PEC das domésticas, aprovada em 2013 é exemplo deste debate. Os direitos garantidos aos trabalhadores pela CLT são bastante difundidos, entretanto, somente em 2013 que o trabalho doméstico assalariado passa a ter tais garantias. Isso acontece pois o fator doméstico – ou a intimidade e as relações pessoais que surgem desta relação – implicam outras regras. A ideia desta suposta proximidade entre patrão e empregado (ou entre senhor e escravo, no mundo colonial) faz do direito trabalhista das domésticas uma questão sensível. A proximidade e a intimidade fizeram com que a ideia de que a empregada doméstica “é quase da família” segue os padrões patriarcais e escravocratas da experiência na Casa-grande e nas senzalas. Que horas ela volta? filme de Anna Muylaert de 2015 retrata essas relações. 

 

 

 

 


   Etapas da produção de açúcar:    1º - A cana-de-açúcar era plantada, pelos escravos, em extensos canaviais.    2º - Os escravos cortavam a cana-de-açúcar e carregavam em carros de bois até a moenda, que ficava na parte interior do engenho.    3º - Nas moendas (grandes máquinas movidas por moinho d’água, força humana ou por bois), a cana-de-açúcar era esmagada. O caldo de cana era obtido nessa etapa.    4º - O caldo de cana era colocado em grandes caldeiras para passar por um processo de fervura. O resultado, depois de horas, era um caldo bem grosso (pastoso).    5º - O caldo grosso era levado até a casa de purgar, onde era colocado em recipientes de barro, em formato de cone, com um furo na parte inferior. Esse furo possibilitava o escorrimento do restante da água. O caldo ficava nesse local de 3 a 5 dias, até que toda água escorresse.    6º - No final da etapa anterior, o resultado era uma espécie de bloco de açúcar, em formato de cone e de cor amarelada. Esses “pães de açúcar”, como eram chamados, eram transportados para a Europa, local em que seriam clareados (refinados) e vendidos aos comerciantes locais e consumidores finais.   

 

 

Atividade 

 1-Explique as etapas da produção do açúcar do Brasil Colônia. 

 

2-Como viviam os negros escravo no Brasil Colônia? 

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