segunda-feira, 5 de outubro de 2020

História- Ciclo do Ouro

 História Prof.: Adilson Nome do aluno nº.... Série 7°ano .... 

Correspondente a 4 aulas 

Objetivos da aula: Compreender acontecimentos históricos e as relações de poder é mecanismo de transformação das estruturas sociais políticas econômicas ao longo do tempo

 Habilidades do currículo paulista: EF07HI10 Analisar com base em documentos históricos diferentes interpretações sobre as dinâmicas das sociedades americanas no período colonial comparando informações argumentos é pontos de vistas explicitados nos diferentes tipos de fonte

 Procedimento: ler e analisar o texto: Ciclo do ouro , assistir a vídeo aula do Centro de Mídia; https://www.youtube.com/watch?v=O--BDARw9oY como complemento e responder as questões. Entregar via WhatsApp; 992005878; ou pelo EMAIL adilsonmoreira@prof.educacao.sp.gov.br ou pelo Google Classroom.

 Texto: Ciclo do ouro

 O ciclo do ouro é considerado o período em que a extração e exportação do ouro figurava como principal atividade econômica na fase colonial do país e teve seu inicio no final do século XVII, época em que as exportações do açúcar nordestino decaiam pela concorrência mundial do mercado consumidor. Devemos notar que entre 1750 e 1770, Portugal arcava dificuldades econômicas internas decorrentes de má administração e desastres naturais, além do que sofria pressão pela Inglaterra, a qual, ao se industrializar, buscava consolidar seu mercado consumidor, bem como sua hegemonia mundial. Assim, a descoberta de grandes quantidades de ouro no Brasil, tornava-se um motivo de esperanças de enriquecimento e estabilidade econômica para os portugueses. Sem espanto, notamos que os primeiros exploradores a procurarem ouro e metais valiosos no Brasil, tinham o escopo de levá-los à metrópole, onde seriam desfrutados. Entretanto, estas incursões pioneiras no litoral e interior do país não ocasionaram muitos resultados, além do conhecido, que fora a conquista do território. Ciclo do Ouro em Minas Gerais As grandes jazidas de ouro foram descobertas em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, onde foram divididas em forma de lavras (lotes auríferos para exploração, a exemplo das sesmarias latifundiárias de monocultura). Durante o auge deste ciclo, no século XVIII, foi gerado um grande fluxo de pessoas e mercadorias nas regiões citadas, desenvolvendo-as intelectual (chegada de ideias iluministas trazidas pela elite recém intelectualizada) e economicamente (produção alimentar para subsistência e pequenas manufaturas). Nesse período, estima-se que a população brasileira tenha passado de 300 mil para cerca de 3 milhões de pessoas Com o advento da exploração aurífera, esta atividade passou a ser a mais lucrativa na colônia, o que acarretou a transferência da capital colonial de Salvador para o Rio de Janeiro, de modo a assegurar a fiscalização das regiões de mineração que se acercavam. Por fim, o ciclo do ouro perdurou até o ocaso do século XVIII, quando se esgotaram as minas, aproximadamente em 1785, em pleno desenrolar da Revolução Industrial. Exploração e Administração do Ouro Esse período representou o momento de maior abuso e dominação do Brasil pelos países europeus, posto que a Coroa portuguesa cobrava altos impostos sobre o minério extraído, os quais eram taxados nas Casas de Fundição, onde as pedras eram derretidas e transformadas em barras e receberiam um selo que dariam legitimidade para ser negociado, pois haviam desvios e sonegações que, quando descobertos, eram penalizados duramente. Os principais mecanismos de controle foram: • Quinto – 20% de toda a produção do ouro caberiam ao rei de Portugal; • Derrama – uma quota de aproximadamente 1.500 kg de ouro por ano que deveria ser atingida como meta pela colônia, caso contrário, penhoravam-se os bens dos senhores de lavras; • Capitação – imposto pago pelo senhor de lavras por cada escravo que trabalhava em seus lotes. Percebemos que os altos impostos, as taxas, as punições e os abusos de poder político exercido pelos portugueses sobre o povo que vivia na região e no Brasil como um todo, gerava conflitos que culminariam em várias revoltas e, concomitantemente em que essa economia trouxera um crescimento demográfico ao país e desenvolvera uma economia baseada na atividade pecuária em diversas regiões isoladas do território brasileiro. Essa economia também derivou em pobreza e desigualdade, pois ao final deste ciclo, a população ficara à margem da sociedade, tendo de se sujeitar a agricultura de subsistência para sobreviver. Após este período, o Brasil permanecia como simples exportador de produtos primários, estancado neste ciclo vicioso e sem conseguir envergadura técnica capaz de promover o seu desenvolvimento econômico. Revolta de Vila Rica A Revolta de Vila Rica é também conhecida como Revolta de Filipe dos Santos, em virtude de esse ser o nome do seu líder. Tratou-se de um movimento ocorrido em 1720 que almejava a mudança econômica e social do Brasil, a qual consistia especialmente na implantação do regime republicano para que o país pudesse se libertar da colônia portuguesa. Onde e Quando A rebelião aconteceu na cidade de Ouro Preto, que antes era antes chamada de Vila Rica e onde haviam grandes jazidas de ouro. Decorria o ano 1720 (século XVIII), no período conhecido como Ciclo do Ouro, visto o ouro ser o fruto da principal atividade econômica do Brasil. Vale ressaltar que 72 anos depois, mais precisamente em 1792, morria Tiradentes - o líder da Inconfidência Mineira - principal movimento de tentativa de libertação colonial do Brasil. Em 1822, finalmente, é proclamada a Independência do Brasil. Causas A exploração define as causas do movimento que, em suma, almejava a queda da monarquia portuguesa, cujos privilégios eram mantidos graças aos seguintes abusos: “O quinto” 20 % do ganho obtido com o ouro ou “o quinto”, como o imposto ficou conhecido, destinava-se à coroa portuguesa. A cobrança alta de impostos era um dos grandes propulsores da revolta popular. Criação da Casa de Fundição e Moeda Esse era o local onde a coroa portuguesa cobrava os impostos, bem como administrava e, logo, mantinha a exclusividade sobre todo o ouro encontrado no Brasil. Tanto os donos dos locais onde se situavam as minas não podiam vender nada que não passasse pela casa, como os comerciantes não podiam praticar o seu negócio sem garantir a parte do lucro à monarquia. A Revolta e seu Desfecho Após ter conseguido conquistar a população com os seus discursos, Filipe Santos - um fazendeiro português - tornou-se líder da rebelião. Os revoltosos chegaram a ocupar Vila Rica exigindo a extinção das Casas de Fundição. Dias depois, o governador Conde de Assumar tenta negociar com os revoltosos e, prometendo atender os seus pedidos, os acalma, mas apenas para ter a chance de os atacar. Assim, convocando 1500 soldados, prende os rebeldes. Filipe dos Santos é julgado e condenado à forca e no dia 15 de julho de 1720 é enforcado e tem o seu corpo esquartejado em praça pública. Antes de morrer, Filipe dos Santos teria dito a frase: “Jurei morrer pela liberdade. Cumpro minha palavra.”. Com a punição dos rebeldes e com a morte de seu líder, os objetivos não foram alcançados. Atividade 1-Descreva o que você entendeu sobre o ciclo do ouro no Brasil 2- O que foi a Revolta de Vila Rica, quais os motivos que leram a essa revolta? Bons Estudos.

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