quinta-feira, 5 de novembro de 2020

História- Retomada

 História

Retomada de estudos anteriores

4o Bimestre

Prof.: Adilson

Nome do aluno no.... Série 7°ano...

Correspondente a 2 aulas

Objetivos da aula: Propor reflexões e diálogos sobre a organização das dinâmicas mercantis no

Oriente e no Ocidente

Habilidades do currículo paulista: EF07HI02: Identificar conexões, interações e consequências

do contato entre as sociedades do chamado novo mundo, da Europa, da África e na Ásia no

contexto das navegações nos oceanos Atlântico, Indico e Pacífico

Procedimento: ler e analisar o texto: As Grandes Navegações; assistir a vídeo aula do Centro de

mídias https://www.youtube.com/watch?v=UCVSLPudp8w como complemento e responder

as questões.

Entregar via WhatsApp; 992005878; ou pelo EMAIL

adilsonmoreira@prof.educacao.sp.gov.br ou pelo Google Classroom

Texto: As Grandes Navegações


As Grandes Navegações foram navegações oceânicas realizadas

ao longo do século XV que permitiram a exploração do Oceano

Atlântico. Foram possíveis graças à acumulação de conhecimento

náutico e à chegada de novas tecnologias que facilitaram a

navegação. O país que possuiu as condições necessárias para iniciar

as Grandes Navegações foi Portugal.

Ao longo do século XV, Portugal organizou inúmeras expedições no

Oceano Atlântico, tendo como ponto de partida a conquista de

Ceuta, em 1415. Os portugueses chegaram a uma série de ilhas no

Atlântico, encontraram uma rota alternativa para a Índia,

e chegaram ao Brasil no final do século XV. Os espanhóis, por sua

vez, chegaram à América primeiro, em 1492.

Pioneirismo português


Lisboa era um grande centro comercial no século XV. De lá

partiram centenas de embarcações durante as Grandes


Navegações.


A exploração do Oceano Atlântico sempre foi algo que intrigou os

europeus, e, desde o período medieval, alguns avanços permitiram

que ela fosse possível. Um dos primeiros povos europeus a

lançarem-se numa exploração oceânica foram os nórdicos, que, no

final do século VIII, alcançaram a Inglaterra, e, a partir daí,

chegaram à Islândia, no século IX, e à América do Norte, no final do

século X.

O acúmulo de conhecimento náutico e o desenvolvimento

de novas tecnologias possibilitaram que as Grandes Navegações

iniciassem-se no século XV, e os portugueses são considerados os

pioneiros nesse processo. Isso aconteceu porque Portugal reunia

uma série de condições que permitiram que o país lançasse-se na

navegação e exploração do Oceano Atlântico.

Portugal reunia condições políticas, econômicas, geográficas, e

até mesmo a sociedade portuguesa abraçou a exploração marítima.

No longo prazo, sabemos que isso fez com que Portugal chegasse a


locais até então desconhecidos para os europeus em geral. Novos

caminhos foram descobertos e novos comércios foram abertos

para eles.

Contudo, por que Portugal foi o país pioneiro nas Grandes

Navegações? Os fatores são variados e podemos começar

pela estabilização política. Desde o final do século XIV, quando

aconteceu a Revolução de Avis, Portugal gozava de uma

monarquia consolidada e um poder político estável nas mãos da

dinastia de Avis. Outras regiões da Europa, como a Espanha,

passavam por grandes conflitos de poder.


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Além disso, Portugal gozava de unificação territorial, uma vez

que a última parcela do território português foi anexada ao reino

na metade do século XIII, quando a região de Algarve foi

reconquistada e os mouros foram expulsos dela. Novamente em

comparação com a Espanha, o reino de Castela travou conflitos

contra os mouros durante o século XV, e o reino de Aragão travou

conflitos com a França por territórios no mesmo século.

Na questão econômica, Portugal era um importante centro de

comércio, e sua principal cidade, Lisboa, desde o século XIII, já

mantinha contatos comerciais de longa distância, segundo o

historiador Boris Fausto|1|. Lisboa mantinha contato com

mercados árabes, e o comércio local tinha prosperado bastante por

meio de financiamentos realizados pelos genoveses.

O mercado árabe, por sua vez, possuía dois importantes itens para

os portugueses: ouro e especiarias. O consumo das especiarias foi

introduzido na Europa depois das Cruzadas, e elas eram muito

utilizadas na conservação de alimentos e na produção de perfumes

e medicamentos. Eram mercadorias valiosas e rendiam um lucro

muito alto. O fechamento da rota que passava por Constantinopla,

em 1453, tornou mais complicado o acesso a essa mercadoria.

Outro fator que não podemos esquecer é

a localização geográfica de Portugal. Esse país tem todo o seu

litoral voltado para o Oceano Atlântico. Além disso, Portugal fica


muito próximo das correntes marítimas do Atlântico, o que

facilitava e incentivava a navegação desse oceano.

Por fim, como coloca Boris Fausto, toda a sociedade portuguesa

incentivava a navegação atlântica, o que fez dela um

grande projeto nacional|2|. O historiador resume que a

navegação atlântica agradava aos comerciantes porque lhes trazia

perspectivas de bons negócios; para a Coroa, representava a chance

de reforçar os cofres; para nobreza e Igreja, trazia possibilidade de

cristianizar pagãos e conquistar influência e riqueza; e para o povo

em geral, trazia chance de uma vida melhor|3|.

Acesse também: Hans Staden, o alemão que veio ao Brasil no

século XV

• Feitos das navegações portuguesas


Em 1441, os

portugueses inventaram a caravela, embarcação que facilitou a


exploração do oceano.


Os historiadores consideram que o ponto de partida da expansão

marítima dos portugueses foi a conquista de Ceuta, no norte da

África, em 1415. Isso aconteceu porque os portugueses queriam ter

acesso ao ouro árabe e queriam encontrar o mítico reino de João

Preste, para juntarem-se a ele na luta contra os muçulmanos.

A exploração oceânica feita pelos portugueses concentrou-se em

explorar a costa do continente africano, e, aos poucos, chegou-se a

locais até então desconhecidos por eles. Na ordem cronológica, os

portugueses chegaram a Madeira em 1420, a Açores em 1427,

às ilhas de Cabo Verde em 1460 e a São Tomé em 1471.

Um dos grandes feitos da exploração da costa africana foi

o contorno do Cabo do Bojador, em 1434. Esse cabo localiza-se

no território da atual Saara Ocidental e, no século XV, era um local

alvo de muitas lendas e mitos por conta da grande quantidade de

embarcações portuguesas que tinham desaparecido nele.

Isso acontecia porque o Cabo Bojador possui uma série de recifes,

muitos pontiagudos, e em determinadas partes do cabo a

profundidade da água é muito pequena. Esses dois fatores faziam

com que as navegações naquele local fossem muito perigosas. O

responsável por contornar esse cabo foi o navegante Gil Eanes.

Em 1441, uma nova embarcação foi desenvolvida pelos

portugueses: a caravela. Ela facilitou a navegação marítima,

sobretudo nas situações em que o vento estava contra a

embarcação. Essa embarcação utilizava-se de velas para navegar

e mesclava velas quadradas com velas latinas (triangulares).

Foi o principal meio de transporte marítimo dos portugueses até o

século XVII.

Nesse mesmo ano, registrou-se também que a compra de

escravizados africanos pelos portugueses tornou-se muito comum,

e a historiadora Marianne Mahn-Lot traz um registro feito por um

cronista português do século XV, chamado Gomes Eanes de

Zurara, que justificava a escravidão dos negros como

consequência da maldição de Deus sobre Cam, um dos filhos de


Noé. Nessa lógica, os negros seriam descendentes de Cam e,

portanto, amaldiçoados|4|.


No reinado de d.

João II, o Cabo da Boa Esperança foi superado pelo navegante


Bartolomeu Dias em 1488.[1]


Em 1481, d. João II foi coroado rei de Portugal e a exploração

atlântica ganhou novo incentivo, com o enfoque ainda na

exploração da costa africana. O objetivo era encontrar uma

passagem que permitisse aos portugueses alcançarem o comércio

de especiarias na Índia. À medida que exploravam a costa africana,

novas feitorias portuguesas eram estabelecidas. Além dos

escravizados, os portugueses compravam marfim e pimenta|5|.

Com a exploração do Atlântico, os portugueses também puderam

iniciar a exploração econômica dos locais a que chegavam. Em

Madeira, eles realizaram o plantio de trigo e da cana-de-açúcar.

Já em São Tomé, por exemplo, estabeleceram o plantio da cana-de-


açúcar, e o local tornou-se um entreposto de escravizados que eram

comprados para ser enviados ao Brasil.

Outro momento de destaque das navegações portuguesas foi

a travessia do Cabo da Boa Esperança, no extremo sul do

continente africano, realizada pelo

navegante Bartolomeu Dias em 1488. Esse cabo também era

conhecido como Cabo das Tormentas por conta de suas águas

agitadas, e a passagem por ele permitiu a descoberta de uma nova

rota para a Índia, feito realizado pelo navegante Vasco da

Gama em 1498.


Vasco da Gama foi

o primeiro português a concretizar uma rota marítima de Portugal


até a Índia. Esse feito aconteceu em 1498.


Vasco da Gama regressou a Portugal da Índia em julho de 1499, e,

meses depois, uma nova expedição foi organizada. Essa foi a

expedição de Pedro Álvares Cabral, que tinha como destino final


a Índia, mas que também tinha como missão verificar as

possibilidades dos portugueses no oeste após a assinatura

do Tratado de Tordesilhas, em 1494.

Navegações espanholas

Como mencionado neste artigo, Portugal tinha condições que

outros países da Europa, como a Espanha, não possuíam. Os

portugueses foram os grandes pioneiros das Grandes Navegações,

mas foram os espanhóis quem enviaram a primeira expedição

para a América nesse contexto.

Primeiramente, durante a segunda metade do século XV, a Espanha

(que correspondia aos Reinos de Castela e Aragão)

enfrentou conflitos dinásticos, conflitos contra os franceses e,

principalmente, contra os mouros, estabelecidos ainda no reino de

Granada, no sul da Península Ibérica. Só depois que os


espanhóis conquistaram Granada, em 1492, é que eles lançaram-

se na navegação atlântica.


A primeira grande expedição espanhola foi liderada pelo

genovês Cristóvão Colombo, que convenceu os reis espanhóis a

financiarem sua viagem para o oeste. Em outubro de 1492, a

expedição de Colombo, que consistia em três embarcações, chegou

a Guanahani, ilha que faz parte das Bahamas.

Consequências

As Grandes Navegações foram um acontecimento muito

importante na história europeia e contribuiram para mudar o

mundo radicalmente. Entre as consequências das Grandes

Navegações, estão:

• O estabelecimento do tráfico negreiro;

• O início da colonização;

• O estabelecimento das práticas econômicas

do mercantilismo;

• A transformação de Portugal e Espanha em dois grandes

impérios


(Fuvest) “Para o conjunto da economia europeia, no século XVI, caracterizada pela produção

em crescimento e pelo aumento das transações mercantis, ao lado de um novo crescimento de

sua população, o efeito mais importante dos grandes descobrimentos foi a alta geral dos

preços...”

O efeito a que o texto se refere foi provocado:

a) pelo grande afluxo de metais preciosos.

b) pela ampliação da área de produção agrícola.

c) pela redução do consumo de produtos manufaturados.

d) pela descoberta de novas rotas comerciais no Oriente.

e) pelo deslocamento do eixo comercial para o mediterrâneo.

Para se compreender historicamente o contexto em que se iniciou as práticas de navegações

europeias que resultaram no que ficou conhecido como as Grandes Navegações, o autor do

texto Grandes Navegações diz que é necessário fazer a associação entre algumas situações

históricas. Indique qual das alternativas abaixo está correta.

a) renascimento cultural, fortalecimento dos senhores feudais e formação dos Estados

Nacionais.

b) reavivamento comercial da Baixa Idade Média, formação dos Estados Nacionais e

ascensão da burguesia.

c) reavivamento comercial da Baixa Idade Média, formação dos Estados Nacionais e

ascensão da nobreza.

d) controle dos mercados marítimos pelos árabes, formação dos Estados Nacionais e

ascensão da burguesia.

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