terça-feira, 23 de junho de 2020

Eletiva Leonardo


GRAFITE E PICHAÇÂO
Existe uma linha tênue que separa o grafite da pichação, e a pichação do vandalismo. Reconhecer a diferença entre essas formas de comunicação urbana – tão intimamente relacionadas ao longo da história – pode ser a chave que faltava para envolver os alunos em uma série de atividades relacionadas ao tema: oficinas, debates, excursões, testes de conhecimento.
A origem da pichação remonta ao final dos anos 1960, período da contracultura e das revoluções estudantis que tomaram de assalto a cidade de Paris, na França. A maneira encontrada pelos jovens de protestar contra o governo se deu por meio da escrita nos muros dos prédios públicos.
Nos anos 1970, a pichação chegou à cidade da Pensilvânia, a mais populosa do estado norte-americano da Filadélfia, sendo adotada por gangues de rua para demarcar território, reforçar filiações e intimidar as gangues rivais.
Passados mais de 40 anos desde as primeiras manifestações do gênero, hoje podemos compreender que a pichação é fruto da necessidade dos jovens de deixar sua marca na epiderme da cidade. Desde sempre, o desafio foi um só: alcançar projeção.
Na regra da pichação, vence aquele que conseguir inscrever a sua tag (assinatura), o maior número de vezes, onde todos possam vê-la. Quanto maior o número de assinaturas, e mais alto elas estiverem, maior é o prestígio de seu autor.
Pichadores se tornam vândalos quando inscrevem suas tags – geralmente sem autorização – em propriedades públicas, privadas e, em casos extremos, em prédios/espaços tombados pelo Patrimônio Histórico e Cultural.
Um detalhe que não podemos perder de vista nessa história: mesmo condenável, a ação dos pichadores merece ser discutida. Ela nos permite debater noções de identidade, pertencimento, protesto e transgressão, e nos ajuda a compreender o que pensam da sociedade em que vivem.
A essa altura você deve estar se perguntando: e o grafite, onde entra nessa história? O que difere o grafiteiro do pichador? Em linhas gerais, o grafiteiro é um ex-pichador que soube dar à tinta spray um propósito profissional.
Cientes de que a pichação não os levaria muito longe, outra turma resolveu deixar de lado a pichação, arregaçar as mangas e se lançar em um novo desafio: aprimorar o conhecimento. Aprender novas técnicas de escrita, desenho, pintura e estética com o objetivo de ampliar os horizontes profissionais.

- Com base nos textos e no vídeo da atividade 1,2 e 3, responda no seu caderno diferenças do grafite e pichação.

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