sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Grécia Antiga: Esparta

 HISTÓRIA Prof.: Adilson 

Nome do aluno no.... série 1 ano ... 

Correspondente a 2 aulas 

Data 14/08/20 

Objetivos da aula: 

Apresentar a formação, as características e um breve histórico da organização política e social da Esparta 

Habilidades do currículo paulista: 

Analisar os processos de formação histórica das instituições sociais, políticas e econômica relacionando-os às práticas dos diferentes grupos e agentes sociais. 

Procedimento: Analisar e Interpretar o texto: “Grécia Antiga Esparta”, assistir a vídeo aula do 

Entregar via Whatsapp992005878, pelo E mail adilsonmoreira@prof.educacao.sp.gov.br e  Google Classroom 

Centro de Mídia; https://www.youtube.com/watch?v=j0ydazDhmKg&t=121s 

Texto: Grécia Antiga  Esparta 

Frente aos ideais atenienses de liberdade e democracia, a cidade de Esparta representou, na Grécia antiga, os valores da austeridade, do espírito cívico e militar, da igualdade social e da submissão total do indivíduo ao estado. 

Esparta, Spárti em grego moderno, está situada no sudeste da península do Peloponeso, às margens do rio Eurotas. A cidade atual, ao norte das ruínas antigas, é capital do departamento da Lacônia. Fundação 

Primitivamente habitada por povos pré-helênicos, a Lacônia foi invadida pelos aqueus, que aí teriam fundado a cidade de Lacedemônia (a tradição aponta, como fundador, Lacedemônio, filho de Zeus e Taígeta). 

Por volta do século XII a.C., os dórios, em ondas sucessivas, ocuparam a região e, no local da antiga Lacedemônia, ergueram Esparta no século IX a.C., como resultado da fusão de quatro povos dóricos com o povoado aqueu de Amiclas. A cidade logo se impôs sobre as vizinhas graças a seu poderoso exército. População 

Após a unificação, todo o território ficou sob o comando de Esparta e suas terras foram repartidas entre os guerreiros. A população foi dividida em três classes: a dos espartanos, ou cidadãos, com todos os direitos civis e políticos; a dos periecos, homens livres, antigos habitantes da região, possuidores de terras, sem direitos políticos mas obrigados ao serviço militar e responsáveis pelo comércio e indústria, atividade 

vedada aos espartanos, proibidos de acumular riquezas; e os hilotas, escravos do estado, que cultivavam as terras dos espartanos. Disciplina Militar 

Numericamente inferiores, os espartanos se impuseram uma severíssima disciplina militar, sobre a qual se assentava sua organização político-social. Isentos de tarefas agrícolas, dedicavam-se ao governo, à caça e ao treinamento militar e desportivo, entendidas essas atividades como necessárias para a disciplina pessoal e social. 

Dos sete aos vinte anos o jovem era submetido a treinamento militar intensivo, por conta do estado. Dos vinte aos sessenta o cidadão estava ligado ao serviço militar, devendo tomar com os companheiros a refeição da noite. Aos vinte anos já podia casarse, mas só aos trinta era desobrigado de dormir no acampamento. As moças recebiam treinamento análogo e privilegiavam o dever patriótico em relação ao amor à família. Política 

À frente do governo estavam dois reis de sucessão hereditária, descendentes, segundo a tradição, dos gêmeos Eurístenes e Procles, cujos filhos, Ágis e Eurípone, teriam dado nome às dinastias reinantes: ágidas e euripôntidas. Tinham igual autoridade como chefes religiosos e militares e contavam com o assessoramento de uma espécie de senado, a gerúsia, composta de 28 membros vitalícios, maiores de sessenta anos, eleitos por aclamação pela assembleia do povo, denominada apela. 

Aos integrantes da gerúsia, os gerontes, cabia preparar as leis a serem votadas pela apela e constituir um tribunal que julgava os processos de interesse do estado, especialmente os que afetassem os soberanos. A apela, integrada por todos os cidadãos com plenos direitos, aprovava ou rejeitava os projetos apresentados, elegia os gerontes e os éforos (principais magistrados de Esparta) e votava a paz e a guerra. História de Esparta 

Em meados do século VI a.C., Esparta tornou-se uma das principais potências da Grécia. Desprezando os avanços culturais, filosóficos e artísticos de Atenas, concentrou sua força na atividade militar. A educação dos jovens era sempre voltada para os interesses do estado e sobretudo para as guerras. 

Ao chegar à idade adulta, os homens se convertiam nas “muralhas de Esparta”, já que a cidade carecia de fortificações. A mulher espartana desfrutou de mais liberdade em comparação com outras gregas. Sua função principal era dar ao estado filhos fortes e sadios. 

A força militar de Esparta foi decisiva na luta que uniu todos os gregos para repelir a invasão persa entre 481 e 480 a.C. e derrotar completamente os agressores, um ano depois. Coube aos espartanos, liderados por Leônidas, protagonizar a heroica defesa do estreito das Termópilas. 


 

 

Livres da pressão persa, os gregos passaram a guerrear entre si. As guerras do Peloponeso (431-404) entre Esparta e Atenas teve origem na rivalidade econômica e política entre as duas potências. 

Atenas, dona de uma importante frota capaz de controlar os povos das ilhas, ameaçava a tradicional superioridade espartana na península. Depois de anos de combates terrestres e navais, os espartanos conseguiram submeter Atenas e seus aliados. 

Entretanto, o triunfo obrigou Esparta a administrar um extenso território que excedia sua capacidade de controle. Em breve, as cidades gregas começaram a mostrar seu descontentamento com o duro regime espartano. Atenas, Corinto, Tebas e Argos coligaram-se e, com a ajuda dos persas, derrotaram Esparta, em 387 a.C. 

A cidade vivia uma grave crise social, motivada pela desigualdade entre a oligarquia e o restante da população, submetida a condições de miséria. Esparta foi então obrigada a firmar com os persas uma paz pela qual perdeu o domínio sobre as colônias jônicas da Anatólia, embora mantivesse certo poder na Grécia continental. 

Por fim, a vitória do tebano Epaminondas em Leuctras, em 371 a.C., acabou com a soberania espartana no Peloponeso e na Grécia, na primeira batalha em campo aberto perdida pelos espartanos. Poucos anos depois, o poder da Macedônia, estado helenizado do norte, se impôs sobre toda a Grécia. 

Esparta vegetou nas épocas helenística e romana e, no ano 396 d.C., foi destruída pelos visigodos. Os bizantinos a repovoaram e, em 1460, a região caiu em poder dos turcos otomanos. A cidade moderna foi edificada a partir de 1834, junto às ruínas antigas. É um pequeno núcleo comercial e industrial, que vive da produção de cítricos e azeite de oliva.  

 

Resolva as questões 

 

1-(UFT TO) A criança quando nascia era examinada pelos anciãos. Se fosse fraca ou apresentasse algum defeito físico era lançada para a morte do alto do monte Taigeto. Caso fosse aprovada no exame ficava com a mãe até os sete anos, quando era entregue ao Estado para receber uma educação cívica. Aos 17 anos os rapazes passavam por um ritual de iniciação chamado de Kriptia para demonstrar suas habilidades. Espalhavam-se pelos campos munidos de punhais, e teriam que degolar a maior quantidade de escravos possíveis. Os aprovados recebiam um lote de terra. Aos trinta anos, o soldado tornava-se cidadão e aos 60 tomava parte do Conselho de Anciãos. 

ARRUDA, J. Jobson de A; PILETTI, Nelson. Toda a História. São Paulo: Ática, 1999, p. 46 A transcrição acima refere-se aos cidadãos que habitavam: 

a) Creta. b) Roma. c) Chipre. d) Babilônia. e) Esparta. 

 

2-Certa ocasião, quando os espartanos enfrentaram os persas, em Termópilas, Êuritos e Aristôdamos, dois guerreiros, foram dispensados do combate por estarem doentes e tiveram permissão para regressarem a Esparta, caso quisessem. Êuritos preferiu permanecer. Ficou, lutou e morreu. Já Aristôdamos regressou sem ter combatido. Foi recebido com opróbio e desonra. Nenhum espartano queria ajudá-lo a acender o fogo de sua casa, ninguém lhe dirigia a palavra e era chamado Aristôdamos, o Covarde. (Heródoto. História. Apud Teresa Van Acker. Grécia: a vida cotidiana na cidadeestado, 1985.) O texto, cujo original é do século V a.C., exemplifica a) a falta de disciplina e de preparo militar dos espartanos, durante os combates contra outros povos. b) a valorização da paz que prevalecia em Esparta e a diferenciava da beligerante Atenas. c) as constantes epidemias que grassavam em Esparta e que inviabilizavam a maioria de suas ações guerreiras. d) os valores e princípios militares que regulavam a educação e a sociedade espartanas. e) o temor que os espartanos sentiam ao ver ameaçada sua democracia e o esforço militar para defendê-la. 

 3-Na Grécia Antiga, as principais cidades-estado foram 

a) Babilônia e Atenas b) Esparta e Roma c) Babilônia e Esparta d) Atenas e Esparta e) Roma e Babilônia 

 

4-Cite as principais diferenças políticas, sociais e econômicas das cidades de Atenas e Esparta 

 

 

 


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