História 2ºano
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Habilidade: estabelecer relações entre as formas de
colonização portuguesa, espanhola e inglesa, identificando suas semelhanças e
diferenças.
Procedimento: ler e analisar o texto, assistir a vídeo
aula de história do dia 15/06/2020 pelo
Centro de Mídias abaixo e responder as questões.
TextoTexto: As grandes
navegações
No
final da Idade Média, o mundo que os europeus conheciam resumia-se ao Oriente
Médio, ao norte da África e às Índias, nome genérico pelo qual designavam o
Extremo Oriente, isto é, leste da Ásia.
Grande
parte dos europeus conhecia apenas o Extremo oriente por meio de relatos; como
o do viajante veneziano Marco Pólo, que partiu de sua cidade em 1271,
acompanhando seu pai e seu tio em uma viagem àquela região.
A
América e a Oceania eram totalmente desconhecidas pelos europeus.
Período de transição entre Idade Média e Idade Moderna.
Mesmo
as informações de que os europeus dispunham sobre muitas das regiões conhecidas
eram imprecisas e estavam repletas de elementos fantasiosos.
Durante
os séculos XV e XVI, exploradores europeus, mas principalmente portugueses e
espanhóis, começaram a aventurar-se pelo “mar desconhecido”, isto é, pelo
oceano Atlântico e também pelo Pacífico e Índico dando início à chamada
Era das Navegações e Descobrimentos Marítimos.
As primeiras rotas das grandes navegações
Os
objetivos
No
século XV, os países europeus que quisessem comprar especiarias (pimenta,
açafrão, gengibre, canela e outros temperos), tinham que recorrer aos
comerciantes de Veneza ou Gênova, que possuíam o monopólio destes produtos. Com
acesso aos mercados orientais - Índia era o principal - os burgueses italianos
cobravam preços exorbitantes pelas especiarias do oriente. O canal de comunicação
e transporte de mercadorias vindas do oriente era o Mar Mediterrâneo, dominado
pelos italianos. Encontrar um novo caminho para as Índias era uma tarefa
difícil, porém muito desejada. Portugal e Espanha desejavam muito ter acesso
direto às fontes orientais, para poderem também lucrar com este interessante
comércio.
Um
outro fator importante, que estimulou as navegações nesta época, era a
necessidade dos europeus de conquistarem novas terras. Eles queriam isso para
poder obter matérias-primas, metais preciosos e produtos não encontrados na
Europa. Até mesmo a Igreja Católica estava interessada neste empreendimento,
pois, significaria novos fiéis.
Os
reis também estavam interessados, tanto que financiaram grande parte dos
empreendimentos marítimos, pois com o aumento do comércio, poderiam também
aumentar a arrecadação de impostos para os seus reinos. Mais dinheiro
significaria mais poder para os reis absolutistas da época.
Pioneirismo
português
Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido a uma
série de condições encontradas neste país ibérico. A grande experiência em
navegações, principalmente da pesca de bacalhau, ajudou muito Portugal. As
caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial do período, eram
desenvolvidas com qualidade superior à de outras nações. Portugal contou com
uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da burguesia e
também da nobreza, interessadas nos lucros que este negócio poderia gerar.
Neste país também houve a preocupação com os estudos náuticos, pois os
portugueses chegaram a criar até mesmo uma centro de estudos: A Escola de
Sagres. Existem
vários fatores políticos, econômicos, geográficos e tecnológicos capazes de
explicar este fato. Este pioneirismo possibilitou a Portugal conquistar novas
terras além-mar (exemplo: Brasil) e fazer uma nova rota marítima rumo às
Índias, transformando este país numa grande potência econômica e marítima no
século XVI.
Causas e fatores principais do pioneirismo
português:
- A monarquia portuguesa, caracterizada pela
centralização do poder, garantiu uma estabilidade política favorável ao
desenvolvimento dos negócios da burguesia comercial. Este fator foi muito
favorável ao desenvolvimento dos empreendimentos marítimo-comerciais em
Portugal.
- Apoio da nobreza portuguesa às atividades
náuticas a partir, principalmente, do início do século XV.
- Criação em Portugal da Escola de Sagres. Esta foi
um centro de estudos náuticos de grande importância para o desenvolvimento das
navegações portuguesas.
- Domínio português de técnicas de construção de
caravelas e instrumentos de orientação náutica.
- Localização geográfica privilegiada de Portugal,
com presença de litoral atlântico que favoreceu a navegação.
- Investimentos da burguesia portuguesa na navegação
marítima, pois esta tinha interesses comerciais, principalmente voltados para o
negócio lucrativo das especiarias.
- Ausência de conflitos internos e externos.
Exercícios
1) Quais eram
as condições favoráveis para que
Portugal fosse país pioneiro nas grandes navegações?
2) No final da Idade Média que regiões do mundo eram conhecidas pelos Europeus?
3) O que eram as especiarias? Por que esses
produtos eram tão importantes para os europeus a ponto dos portugueses se
lançarem a alto mar para busca-los na Índia?
4) Descreva sobre a teórica escola de Sagres. Por que
esta escola foi criada? Quais eram seus objetivos?
5) Por que a igreja Católica apoiou Portugal e as
grandes navegações? Quais os principais objetivos da Igreja Católica nesta
empreitada?
Bons
Estudos
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