segunda-feira, 13 de julho de 2020

HISTÓRIA                 Prof.: Adilson                                                             Data:03/07/2020
Nome do aluno                                                                 nº....     Série 3º ano A    Correspondente a 2 au
Objetivos da aula 
• Apontar as circunstâncias que levam a crise econômica causada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova York, relacionando com as consequências da 1° Guerra Mundial
 Habilidade: Caracterizar formas de circulação de informação, capitais, mercadorias e serviços no tempo e no espaço
Procedimento: ler e analisar o texto, assistir a vídeo aula do Centro de Mídias https://www.youtube.com/watch?v=NwJBLmnQtg0&t=282s e responder as questões:
 
   Texto: Crise de 1929
A Crise de 1929, ou Grande Depressão, foi o colapso do capitalismo e do liberalismo econômico. Ficou conhecida como uma crise de superprodução.

A Crise de 1929, também conhecida como Grande Depressão, foi uma forte recessão econômica que
atingiu o capitalismo internacional no final da década de 1920. Marcou a decadência do liberalismo
econômico, naquele momento, e teve como causas a superprodução e especulação financeira.
 
Os Estados Unidos antes da crise econômica
Antes da crise de 1929 estourar, os Estados Unidos já ocupavam o posto de maior economia do mundo.
Antes mesmo da Primeira Guerra Mundial, a economia americana já possuía índices que comprovavam
essa supremacia, e os eventos da guerra só acentuaram a posição de potência econômica internacional
dos Estados Unidos.
Em virtude do rápido crescimento da economia americana após a guerra, a década de 1920 foi um período
de grande euforia econômica, o qual ficou conhecido como Roaring Twenties (traduzido para o português
como Loucos Anos Vinte). Esse momento da história americana ficou marcado principalmente pelo
avanço do consumo de mercadorias, consolidando o American way of life, o estilo de vida americano.
O avanço da economia americana tornou o país responsável pela produção de 42% de todas as
mercadorias feitas no mundo. A nação também era a maior credora do mundo e emprestava vultuosas
somas de dinheiro para as nações europeias em processo de reconstrução (após a Primeira Guerra). No
quesito importação, os Estados Unidos eram responsáveis por comprar 40% das matérias-primas vendidas
pelas quinze nações mais comerciais do mundo.
Mapa Mental: Crise de 1929

 Mapa Mental: Crise de 29
Essa euforia econômica refletia-se na população a partir de um consumismo acelerado, levando as
pessoas a comprarem carros e artigos eletrodomésticos de maneira desenfreada. Esse consumismo
ancorava-se, em parte, na expansão do crédito que acontecia no país sem nenhum tipo de regulação ou
intervenção estatal. A expansão do crédito também cumpria importante papel no financiamento de
diferentes atividades econômicas.
Com esse quadro, os Estados Unidos viviam um momento de pleno emprego e rápido crescimento
industrial. Entre 1923 e 1929, os Estados Unidos possuíam uma taxa média de desemprego de 4%, a
produção de automóveis no país aumentou 33%, o número de indústrias instaladas no país aumentou por
volta de 10% e o faturamento do comércio quintuplicou.
Por causa do boom econômico e da onda de euforia, as pessoas passaram a investir de maneira intensa
no mercado financeiro, disparando a especulação monetária. Durante a década de 1920, os investimentos
nas ações das empresas na bolsa de valores de Nova Iorque tiveram saltos consideráveis.
O sentido de especulação financeira aqui está relacionado com pessoas que compravam ações na bolsa,
esperando que estas se valorizassem para logo em seguidas revendê-las. Esse processo fazia com que os
valores das ações aumentassem – pois havia muitos compradores – e criava uma falsa sensação de
prosperidade. A continuidade desse falso cenário de prosperidade financeira e a superprodução
resultaram na quebra da economia americana.
Quebra da bolsa de Nova Iorque
Toda essa prosperidade estava amparada em bases extremamente frágeis. O crédito desregulado e o
crescimento da especulação financeira criaram uma bolha de falsa prosperidade que estava à beira do
precipício. A sociedade tornou-se incapaz de perceber o que estava prestes a acontecer. Esse processo foi
explicado por Hobsbawm da seguinte maneira:
O que acontecia, como muitas vezes acontece nos booms de mercados
livres, era que, com os salários ficando para trás, os lucros cresceram
desproporcionalmente, e os prósperos obtiveram uma fatia maior do
bolo nacional. Mas como a demanda da massa não podia acompanhar a
produtividade em rápido crescimento do sistema industrial nos grandes
dias de Henry Ford, o resultado foi superprodução e especulação. Isso,
por sua vez, provocou o colapso1.
A questão salarial que foi mencionada no trecho acima é muito importante para entendermos uma das
facetas da crise: a superprodução. Na década de 1920, a indústria dos Estados Unidos expandiu-se e a
produtividade do trabalhador aumentou. Esse aumento na produção, no entanto, não foi acompanhado
de aumentos salariais, pois os salários permaneceram estagnados. Assim, o mercado não tive condições
de absorver a quantidade de mercadorias que eram produzidas (nem o mercado americano nem outros
países conseguiam absorver essas mercadorias). Isso abalou a esperança de rápida prosperidade de
muitos que tinham ações de empresas americanas.
Milhares de pessoas resolveram vender as suas ações no dia 24 de outubro de 1929, no que ficou
conhecido como Quinta-feira Negra. Nesse dia, mais de 12 milhões de ações foram colocadas à venda, o
que deixou o mercado em pânico. Essa situação se estendeu por dia e na segunda, dia 28, mais 33 milhões
de ações foram colocadas à venda. Imediatamente o valor das ações despencou, e bilhões de dólares
desapareceram. A economia americana quebrou.
Consequências da Crise de 1929
Os efeitos da crise para a economia dos Estados Unidos foram imediatos e espalharam-se pelo país como
um efeito dominó. O período mais crítico foi de 1929 a 1933; logo após, os efeitos da crise foram
enfraquecendo-se, principalmente por causa da intervenção do Estado na economia com o New
Deal (Novo Acordo).
Separamos abaixo alguns dados que evidenciam o impacto da crise na economia dos Estados Unidos:
• PIB nominal dos Estados Unidos caiu aproximadamente 50%
• O desemprego disparou e alcançou 27% (era 4% antes da crise)
• Importações caíram 70%
• Exportações caíram 50%
• Diminuíram em 90% os empréstimos internacionais
• Produção industrial caiu, no mínimo, 1/3
• Produção de automóveis foi reduzida em 50%
• Salário médio na indústria caiu 50%
• Falência de milhares de empresas e bancos
Milhares de pessoas perderam instantaneamente todo seu patrimônio, uma vez que ele estava investido
em valores da especulação que haviam desaparecido com a quebra da bolsa. Os efeitos da crise
espalharam-se pelo mundo, por isso, a economia de diversos países entrou em recessão, e o desemprego
disparou mundo afora.
A situação era tão crítica que o desemprego alcançou níveis altíssimos nos seguintes países:
• Grã-Bretanha: 23%
• Bélgica: 23%
• Suécia: 24%
• Áustria: 29%
• Noruega: 31%
• Dinamarca: 32%
• Alemanha: 44%
A maioria desses países teve dificuldade em reduzir esses índices mesmo após 1933. Vale dizer também
que esses dados nos dão uma pista do motivo pelo qual o fascismo e os ideais de extrema-direita tiveram
tanta repercussão nos quadros políticos da Europa durante a década de 1930. Ao todo, o comércio
internacional foi reduzido em aproximadamente 1/3.
Consequências da Crise de 1929 no Brasil
O Brasil também sentiu os impactos da Crise de 1929. A área que sofreu mais com a recessão econômica
foi a de produção do café – o principal produto de exportação do país. O Brasil era responsável por cerca
de 70% do café comercializado no mundo, e o principal consumidor da nossa mercadoria eram os Estados
Unidos (compravam cerca de 80% do nosso café).
Com a recessão, o café estagnou-se no mercado brasileiro, e o preço do produto despencou. Os
cafeicultores tiveram prejuízos gigantescos. No auge dessa crise, o país enfrentou transformações
políticas profundas com o acontecimento da Revolução de 1930. O novo governo teve Getúlio
Vargas como presidente provisório.
A mudança política em si que aconteceu nesse período já é levantada pelos historiadores como uma
consequência indireta da recessão sobre o nosso país. Além disso, as exportações do café brasileiro
reduziram-se por volta de 60%, e o preço do café no mercado internacional caiu cerca de 90%. Com isso,
o governo resolveu agir.
A medida de Vargas na economia foi a de proteger o principal produto do país. Para isso, foi criado
o Conselho Nacional do Café (CNC) em 1931. Para conter a queda no valor do café, o governo decidiu
realizar a compra das sacas que estavam paradas para aumentar o valor do café no mercado internacional.
As sacas que foram compradas pelo governo eram incendiadas. Essa prática estendeu-se durante treze
anos, resultando na destruição de 78,2 milhões de sacas de café.
  Desempregados em uma fila à espera de receber alimento em Nova Iorque, em 1930

Desempregados em uma fila à espera de receber alimento em Nova Iorque, em 1930
 Atividade:  Responda as questões.
Questão 1
(UNESP) Em 1929, a Bolsa de Valores de Nova York quebrou.  As ações se desvalorizaram drasticamente;
os estoques de cereais se acumularam; os preços dos produtos baixaram.  Fazendeiros faliram.  As
grandes indústrias diminuíram fortemente a produção; as médias e pequenas fecharam.  Grandes
massas de trabalhadores ficaram desempregadas.  O Estado, essencialmente liberal, não intervinha na
produção e o mercado sozinho não controlava a crise.  Para controlar a crise, Franklin Delano Roosevelt,
democrata eleito presidente em 1932, lançou um programa de reconstrução nacional, o New Deal, cuja
meta era promover reformas profundas na sociedade norte-americana. Baseando-se no texto,
responda: Qual a diferença entre o liberalismo econômico clássico e o New Deal?
Questão 2
(UERJ) A Grande Depressão eclodiu num mundo otimista que parecia caminhar na direção de uma
prosperidade permanente. Ela iniciou-se com o crack da bolsa de Nova York em outubro de 1929,
afetando todas as atividades econômicas dos Estados Unidos e se propagando através do mundo.
a) Caracterize a Grande Depressão e indique o motivo pelo qual seus efeitos foram sentidos em diversas
regiões do mundo.
b) Indique uma consequência da Grande Depressão para a economia brasileira.

3 Questão problematizadora
Com base em seus conhecimentos: que consequências uma crise econômica pode provocar diretamente em sua vida? Exemplifique
 
4) ENEM () Adaptado: A Grande Depressão econômica que se abateu nos EUA e se alastrou pelo mundo capitalista deveu-se ao (à)
a) Produção industrial norte-americana, ocasionada por uma falsa perspectiva de crescimento econômico pôs- Primeira Guerra Mundial b) Vitoria alemã na Primeira Grande Guerra e, consequentemente, sua capacidade de competição econômica com os empresários norte-americanos c) Desencadeamento da Revolução Russa de 1917 e a formação de um novo bloco econômico, capaz de competir com a economia capitalista  d) Guerra fria, que caracterizou o período de entreguerras, provocando insegurança e crises econômicas no mundo e) Tomada de medidas econômicas pelo presidente norte-americano Rooselvelt, conhecidas como New Deal, que levaram a crise econômica no mundo 

Assinale a alternativa que corresponde aos efeitos da crise de 1929 no Brasil: a) Queda nas exportações de produtos industrializados  b) Intervenção do Estado para evitar a queda dos preços do café  c) Especulação nas bolsas de café, gerando supervalorização de ações d) Investimento no setor industrial brasileiro, para suprir o mercado norte-americano e) Quebra da Bolsa de Investimentos em café no Brasil
Assinale a alternativa que não corresponde aos efeitos da crise de 1929 na Alemanha:
a) Corte em programas de assistência a desempregados  b) Empobrecimento da classe média  c) Fortalecimento do poder político e da popularidade da República do Weimar  d) Hiperinflação e desvalorização da moeda (Marco Alemão) e) Fortalecimento e difusão do ideário da ultradireita nacionalista e totalitária 




Bons Estudos
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