quinta-feira, 2 de julho de 2020

História            Prof.: Adilson                         Data: 01/07/2020            Referente a 4 aulas

Entregar via  Google Classron    WhatsApp 992005878, ou pelo E-mail
adilsonmoreira@prof.educacao.sp.gov.br
Habilidade: Analisar os processos de formação das instituições sociais e
políticas, a partir de diferentes formas de regulamentação das sociedades ao
longo da história. Relacionar sociedades e natureza, analisando suas
interações na organização das sociedades.
Procedimento: Ler e analisar o texto, responder as questões e assistir a vídeo
aula do Centro de mídias do dia 15/6/2020 História 
https://www.youtube.com/watch?v=3Lft7J-UoIw
Texto: Idade dos Metais
•    Pré-história (2.5 milhões – 3.500 a.C)      •    Idade da Pedra           •    Paleolítico (2.5 milhões - 10.000 a.C.)           •    Mesolítico (13.000 - 9.000 a.C.)           •    Neolítico (5.000 - 3.000 a.C.)      •    Idade dos Metais           •    Idade do Cobre (3.300 - 1.200 a.C)           •    Idade do Bronze (3.300 - 700 a.C)           •    Idade do Ferro (1.200 a.C. - 1.000) •    História Antiga (4000 a.C. - 476)  •    Idade Média (476 – século XV) •    Idade Moderna (1453 – 1789) •    Idade Contemporânea (1789 - atual)

No período anterior, neolítico, aconteceu a chamada Revolução Agrícola. Já na Idade dos Metais a manipulação do ferro, bronze e cobre possibilitou uma grande mudança no estilo de vida do homem pré-histórico e, principalmente, aperfeiçoamento das ferramentas agrícolas. 

Foi nessa época também que houve um grande crescimento populacional, com isso surgiram as primeiras cidades-estados, os centros urbanos e os reinos com poder centralizador. Algumas comunidades sentiram necessidade de se expandirem, o que ocasionou conflitos por terra.

Como no Neolítico, o comércio já havia dado os primeiros sinais, na Idade dos Metais as relações comerciais foram fortalecidas. Ao mesmo tempo, esses comerciantes eram exploradores que precisaram desbravar novas regiões em busca de matérias-primas.

  Idade do Cobre


No começo da Idade dos Metais, a espécie humana que habitava o planeta era o homo sapiens sapiens, o “homem sábio”, cuja principal característica era a sua inteligência. Foi ele quem desenvolveu técnicas de fundição e deu início a metalurgia. 

O primeiro metal a ser manuseado foi o cobre. Nessa época os principais objetos confeccionados foram:


•    Artefatos domésticos como potes, copos, vasilhas e facas; •    Armas que facilitavam a caça como lanças, facões e machados; •    Armas de guerra como espadas e escudos; •    Objetos artísticos como estatuetas e máscaras; •    Ferramentas agrícolas como enxadas, arados e charruas.

O processo de fundição

Acredita-se que o primeiro processo de fundição foi realizado na Anatólia (atual território da Turquia) por acaso. Conta a lenda, que um minério de cobre acidentalmente caiu nas brasas de uma fornalha, então percebeu-se que o metal derreteu e endureceu com uma forma diferente. 

Diante desse provável acontecimento, o processo de fundição posteriormente era realizado na seguinte maneira: o cobre (com cor característica verde) era aquecido em altas temperaturas, que variavam entre 650 e 700 °C, dentro de grandes buracos no solo, revestidos com pedra. 

Já em estado incandescente, o cobre derretido era colocado em moldes talhados na própria rocha em que foram retirados. O acabamento das peças era feito com a fricção de pedras com diversos formatos.

Na civilização egípcia, uma das mais desenvolvidas da Antiguidade também realizavam a fundição de cobre, contudo um pouco diferente dos hititas (povo que habitou a Anatólia). Por exemplo, o bronze não era colocado em buracos no chão, mas sim em uma espécie de forno.


 



Processo de fundição do cobre realizado pelos egípcios. (Foto: Wikipédia)

O cobre triturado era misturado com malaquite (carbonato de cobre). Como consequência do aquecimento, as impurezas do mineral eram liberadas em forma de monóxido e dióxido de carbono, o que gerava um cobre relativamente puro. 

Ao chegar aos 1000 º C, o cobre do estado sólido passava para o estado líquido. Então era depositado na parte inferior do forno, que possuía um pequeno buraco o qual o cobre escorria para o exterior e então colocado em moldes. 

Com o passar do tempo o cobre passou a ser misturado com outros materiais. Por exemplo, o latão é uma liga que resulta da união do cobre com o zinco e foi utilizada na Roma Antiga para produção de moedas.

Idade do Bronze


O bronze é um resultado da mistura do cobre com estanho ou cobre com arsênio e acredita-se que a sua descoberta também aconteceu de forma acidental. Um minério de cobre contaminado por arsênio ou estranho ao final do processo de fundição apresentou características diferentes e isso chamou atenção. 

Indícios apontam que os mesopotâmicos foram os primeiros a dominar esse metal. A fundição do bronze era igual ao do cobre, contudo as técnicas utilizadas foram aprimoradas. Por exemplo, o forno era mais elaborado, com paredes de pedra, que permitiam atingir até 1 200 º C.

O bronze no estado líquido era colocado em moldes de pedra, já com o formato desejado e no caso de objetos mais complexos eram utilizados vários moldes em conjunto. 



 

Espada de bronze galega produzida  na Idade dos Metais. (Foto: Wikipédia)

Essa etapa da Idade dos Metais aconteceu de maneiras e períodos diferentes nos diversos territórios. Por isso, os historiadores decidiram dividir a Idade do Bronze em três partes:

•    Bronze Antigo (2500 a 1900 a.C)  •    Bronze Médio (2.000 a 1.600 a.C) •    Bronze Recente (1.600 a 1.200 a.C)

Os chineses não passaram pela Idade do Cobre. Esse povo desenvolveu técnicas diferentes e lá a Idade do Bronze também foi dividida:

•    Idade Clássica do Bronze (1.600 a 256 a.C) •    Época Tardia do Bronze (956 d.C. a 1999 A.D)

Os objetos de bronze chineses tinham caráter ornamental, sendo utilizados na maioria das vezes em cerimônias. Frequentemente as peças acompanhavam reis e nobres em seus túmulos, sempre em grandes quantidades. 

Arqueólogos chineses, em 1975, descobriram a tumba da esposa de um rei da Dinastia Shang, com vários objetos artísticos. No local foram encontradas mais de 400 vasilhas de bronze e 600 peças de jade e de pedra. 




Caldeira trípode: arte chinesa. (Foto: Wikipédia)

Idade do Ferro


Não há evidências de como a extração do ferro foi descoberta, mas sabe-se que a produção dele começou também na Anatólia. Esse metal abundante era retirado de depósitos e minas e o processo de fundição também era semelhante aos demais.

As forjas (forno utilizado para aquecer metais) da época não conseguiam atingir a temperatura necessária para fundir o ferro (1.530 º C). Então o ferreiro, por meio de golpes, tirava parte das impurezas do material e o levava para um segundo forno, onde continuava a ser batido até formar uma massa esponjosa. 

Após o repetitivo processo de martelagem e aquecimento, originava-se uma barra de ferro pura, resistente e maleável. Os objetos eram moldados na fundição, mas dava-se um acabamento para corrigir as falhas. 

Com o domínio do ferro foram criadas ferramentas que auxiliaram na agricultura como o arado de metal e a enxada. Também foram produzidos utensílios domésticos como potes, facas e panelas. Além de possibilitar melhorias na construção de casas, pontes e fortalezas militares.

Ao redor Mar Mediterrâneo, o ferro espalhou-se para outras regiões e em 500 anos difundiu-se por toda a Europa, onde era principalmente utilizado na construção de armas e joias. Eles aprenderam também a encaixar empunhaduras (parte por onde se segura com a mão uma espada) de madeira, osso e marfim.

Paralelamente, os indianos estavam aperfeiçoando a técnica de construção de fornos, produziam temperaturas que alcançaram o ponto de fusão do ferro. Mas foram os chineses que construíram um forno que superava os 1350° C.

Além do ferro, do bronze e do cobre, durante a Idade dos Metais a América conviveu com o ouro, a prata e a platina, que foram misturados entre si em diversas proporções. A liga mais bem-sucedida foi a tumbaga, uma mistura de cobre e de ouro que dá resistência 

rescente fértil O Crescente Fértil é denominado o “Berço da Civilização”, posto que vários povos da antiguidade (cerca de 10.000 a.C.) se desenvolveram nessa região, daí sua grande importância na história. Localização



Mapa da região do Crescente Fértil

Corresponde a uma região do Oriente Médio, com aproximadamente 500 mil km2 de extensão. Está localizada entre a Jordânia, Líbano, Síria, Egito, Israel, Palestina, Irã, Iraque e parte da Turquia.
Abriga grandes rios tal qual o Nilo, Tigre, Eufrates e Jordão. Todos eles tornaram a agricultura o principal meio de subsistência das primeiras grandes civilizações da antiguidade oriental.
História: Resumo Além da agricultura, atividade que fixou a raça humana em detrimento do nomadismo, o Crescente Fértil destacou-se pelo desenvolvimento social, político, econômico e cultural das civilizações.
Isso desde o surgimento de cidades, do comércio, do alfabeto (escrita) e de diversas ferramentas criadas pelo homem.
Foi nesse contexto que as civilizações antigas se “sedentarizaram”, ou seja, passaram a fixar-se nos locais e a produzir seus próprios alimentos.
Essa “sedentarização” foi o fulcro necessário para o crescimento das cidades e, sobretudo, para o desenvolvimento das antigas civilizações. Destacam-se o
desenvolvimento científico, o progresso tecnológico e outros modos de subsistência.
Muitos métodos de agricultura foram utilizados, como os sistemas de irrigação e drenagem de pântanos, que foram se ampliando e propiciando o maior desenvolvimento das civilizações.
Muitos historiadores indicam a região do Crescente Fértil como a precursora da formação das grandes civilizações, denominadas Impérios.
Atualmente, o Crescente Fértil vem sofrendo com diversos impactos ambientais. Muitas das regiões, que antes eram consideradas férteis, hoje foram tomadas pela desertificação, tornando-se assim, áreas improdutivas e inférteis.
Significado O “Crescente Fértil” ou “Meia Lua Fértil” recebe esse nome uma vez que a região, se olhada no mapa, possui a forma de uma lua em estágio crescente. Ou seja, um semicírculo que, por extensão, recebeu a adjetivação “fértil”.
As cheias dos rios que o circundam, produziam vales com solos férteis (adubo natural rico em nutrientes) favoráveis para a prática da agricultura.
O termo “Crescente Fértil” foi utilizado pela primeira vez pelo arqueólogo e historiador estadunidense James Henry Breasted (1865-1935).
Foi citado em sua obra “Antigos Registros do Egito” (em inglês: “Ancient Records of Egypt”), publicada em 1906. A ideia do autor era designar as áreas da Mesopotâmia e do Egito.
Civilizações Muitas civilizações se desenvolveram na região denominada de Crescente Fértil, por exemplo, os sumérios, persas, assírios, acádios, egípcios, hebreus, fenícios, mesopotâmicos, dentre outras.
Dessas duas grandes civilizações se destacam: a civilização egípcia, surgida às margens do rio Nilo, e a civilização mesopotâmica, desenvolvida às margens dos rios Tigres e Eufrates.

Egito Antigo

O Egito antigo foi palco de uma das mais importantes civilizações da antiguidade. Ele está localizado no extremo Nordeste da África, numa região desértica, cortada no sentido Sul Norte por um estreito e fértil vale por onde corre o rio Nilo. A vida às margens do rio Nilo era regada pelo ciclo das cheias, que ao voltarem ao normal, deixava o solo recoberto com um limo, muito fértil, que facilitava a prática da agricultura.
Formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, organizadas em comunidades chamadas monos, que funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os monos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Por volta de 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que se tornou o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio unificado.
Começava um longo período de apogeu da sociedade egípcia - a era dos grandes faraós. Sociedade Egípcia A antiga sociedade egípcia estava dividida de maneira rígida e nela praticamente não havia mobilidade social.
No topo da sociedade encontrava-se faraó e sua imensidão de parentes. O faraó era venerado como um verdadeiro Deus.
Por isso, o governo era considerado uma monarquia teocrática. Por ser o chefe político de um Estado, tinha imenso poder sobre tudo e todos.
Abaixo do faraó e de sua família vinham as camadas privilegiadas (sacerdotes, nobres e funcionários), e as não privilegiadas (artesãos, camponeses, escravos e soldados). Os sacerdotes formavam junto com os nobres, a corte real. Os nobres formavam uma aristocracia hereditária e compunham a elite militar e latifundiária.
Os funcionários estavam a serviço do Estado para planejar, fiscalizar e controlar a economia. Os artesões eram trabalhadores assalariados que exerciam diferentes ofícios.
Os camponeses formavam a maior parte da população, exerciam a agricultura e eram forçados a pagar altos impostos. Os soldados eram mercenários estrangeiros contratados pelo Estado.
Na sociedade egípcia, as mulheres tinham uma posição de prestígio. Podiam exercer qualquer função política, econômica ou social em igualdade com os homens de sua categoria social.
Veja também: Teocracia Mumificação A mumificação era a técnica desenvolvida pelos egípcios para conservar o corpo, pois a morte apenas separava o corpo da alma.
A vida poderia durar eternamente, desde que a alma encontrasse no túmulo o corpo destinado a servi-lhe de moradia. Para eles, depois de julgada e absolvida pelo tribunal de Osíris, a alma vinha em busca do corpo.
A mumificação consistia em extrair as vísceras e imergir o corpo numa mistura de água e carbonato de sódio. Depois eram inseridas substâncias aromáticas, como mirra e canela, para evitar a deterioração.
O corpo era envolvido em faixas de pano, sobre as quais passava-se cola especial para impedir o contato com o ar.
Colocado em um sarcófago, o corpo era levado ao túmulo, que podiam ser simples ou imensas pirâmides, onde os faraós tinham lugar reservado numa câmara secreta.
  Arquitetura Egípcia A principal arte desenvolvida no Egito antigo foi a arquitetura. Profundamente marcada pela religiosidade, voltou-se principalmente para a construção de grandes templos (moradas dos deuses), como os de Karnac, Luxor, AbuSimbel e as célebres pirâmides de Gizé (túmulos dos faraós), atribuídas a Quéops, Quéfren e Miquerinos. A escultura egípcia atingiu o auge com a construção de grandes proporções como as esfinges e as estátuas dos faraós. Merece atenção as obras de pequeno porte como os sarcófagos, de pedra ou madeira, nos quais os artífices procuravam reproduzir as feições do morto, para ajudar a alma a encontrar o corpo.
Eles chegavam a incrustar nos olhos, pupilas de cristal. A pintura representava cenas do dia a dia, permitindo hoje se reconstruir a vida cotidiana dos egípcios.
  Economia Egípcia A economia egípcia era baseada na agricultura, principalmente de trigo, cevada, frutas, legumes, linho, papiro e algodão. O rio Nilo era responsável por mover a economia e garantir a unidade política ao antigo Egito. De suas águas dependia a vida de milhares de pessoas. A construção de diques, reservatórios e canais de irrigação, era tarefa do Estado. Era desenvolvida a pesca, a caça e a criação de animais.
Uma característica da economia era que não havia propriedade privada da terra, que pertencia a comunidade como um todo. Os camponeses e artesãos eram obrigados a dar parte de seus produtos para o Estado em troca do direito de cultivar o solo.co, aconteceu a chamada Revolução Agrícola. Já na Idade dos Metais a manipulação do ferro, bronze e cobre possibilitou uma grande mudança no estilo de vida do homem pré-histórico e, principalmente, aperfeiçoamento das ferramentas agrícolas. 

Foi nessa época também que houve um grande crescimento populacional, com isso surgiram as primeiras cidades-estados, os centros urbanos e os reinos com poder centralizador. Algumas comunidades sentiram necessidade de se expandirem, o que ocasionou conflitos por terra.

Como no Neolítico, o comércio já havia dado os primeiros sinais, na Idade dos Metais as relações comerciais foram fortalecidas. Ao mesmo tempo, esses comerciantes eram exploradores que precisaram desbravar novas regiões em busca de matérias-primas

Exercícios

Analise o texto e responda:

1) Qual foi o primeiro metal manuseado pelo homem e quais os primeiros objetos confeccionados com este metal?

2)Como que o homem chegou à descoberta do metal? (cobre, bronze, ferro)

3) Explique o conceito de Crescente Fértil, sua localização e povos que habitavam essa região.

4) Explique os principais aspectos econômicos religiosos e sociais da Mesopotâmia e do Egito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário